Alberto Melnechuky
O assassinato de Jéssica atraiu a atenção de dezenas de pessoas.

Os sonhos de uma menina de 13 anos foram interrompidos com três tiros. Jéssica de Oliveira foi brutalmente assassinada no final da tarde de ontem, por volta das 18h, na Rua Júlio Batista Pereira, fundos do Colégio Dalagassa, no Tatuquara. O autor do disparo estava em um carro e acertou um tiro nas costas e outro no braço da menina. Possivelmente, o terceiro tiro, na garganta, aconteceu quando ela já estava caída, disparado à queima- roupa. Havia marca de pólvora em volta do ferimento, demonstrando que o tiro foi dado a curta distância.

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Jéssica era conhecida na região por ser uma garota caseira e nunca ter criado problemas para os pais.

Em casa, ela era a filha mais velha do casal, que tem outro filho de 7 anos.

?Ela estava sozinha em casa. A mãe tinha ido viajar e o pai saiu para trabalhar. Ele é vigia?, contou uma mulher que não quis se identificar. Segundo ela, a menina estava em casa com o pai até as 16h, quando ele saiu para o trabalho. ?Eu sei que ela tinha ido no mercado, comprar um caderno, e estava voltando para casa?, disse a mulher.

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Algumas adolescentes da mesma idade conheciam Jéssica da escola e confirmaram que ela não era de confusão, não usava drogas. Ninguém sabia o que poderia ter motivado o crime.

Dentre os muitos curiosos, havia vários conhecidos da família da menina.

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Um homem, que também não se identificou, disse que na região a vida das crianças é interrompida muito cedo, seja por sexo, drogas ou outra coisa qualquer. Segundo ele, mesmo que a menina não tenha dado atenção para algum rapaz, isso pode ter motivado o crime.

A polícia não descarta a hipótese de Jéssica ter sido morta por engano.

O perito da Polícia Científica Antônio Carlos disse que o acúmulo de pessoas em volta do corpo dificulta o trabalho da polícia. ?Só vamos apurar detalhes do assassinato no Instituto Médico-Legal?. Até a retirada do corpo do local, os pais da menina não sabiam do ocorrido.