Integrantes das gangues do São Braz continuam desafiando a polícia, exibindo armas, dinheiro de origem duvidosa e mostrando-se fortes em uma guerra pelo computador.
Do outro lado, em desvantagem, está a polícia que não tem “bola de cristal” e precisa que a população denuncie – mesmo que anonimamente -quem são os bandidos da vila, registre boletins de ocorrências e não se sinta intimidada para fazer isso. Em menos de dois anos, os bandidos cometeram pelo menos dez homicídios e feriram outra dezena de pessoas a tiros.
Ao saber que as conversas pela internet eram monitoradas, integrantes das gangues Vila do Sapo (VDS), Comando do Extermínio (CDE), Comando da Barroka e Campina, excluíram o perfil do site de relacionamentos Orkut.
Outros, não se importaram com a seqüência de reportagens apresentadas pelo Paraná-Online e continuam trocando ameaças. Um rapaz, integrante da CDE, ameaça outro da Barroka. “É CDE Mané, Comando do Extermínio vai a tua caça.”
Fim de semana
Na Delegacia de Homicídios investigadores estão atentos a qualquer ação dos grupos. “Estamos prontos há bastante tempo, mas precisamos da ajuda da população. Precisamos que denunciem os bandidos da vila”, pediu um policial.
Segundo o sargento Bernardo, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, a semana na vila está tranqüila. “É nos finais de semana que as coisas acontecem. Eles se encontram nas casas noturnas e a rivalidade vem à tona”, explicou o sargento.
Quem tiver informações que ajudem a polícia nas investigações pode ligar anonimamente para a DH no telefone 3363-0121, ou em outros casos para a 4.ª Companhia do 12.º BPM, no 3272-0719.
Promessas de mais mortes podem ser acompanhadas “on line”. (Reprodução internet)
