Apesar dos esforços da polícia, ainda não há pistas de quem estuprou e assassinou Giovana dos Reis Costa, 9 anos. Ontem, as ruas do Jardim Patrícia, onde a menina morava, estavam vazias, mas não apenas por causa do feriado. A população está amedrontada, e as crianças deixaram a diversão das ruas para ficar em casa, junto aos pais. O único movimento era da procissão que reuniu dezenas de fiéis na Sexta-Feira Santa.
Na quarta-feira, quando o corpo da menina foi encontrado, a polícia vistoriou cerca de 30 casas. Alguns suspeitos estão sendo investigados, mas nada de concreto em relação à autoria do crime foi levantado. Ontem, policiais do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) estiveram no município, em busca de alguma pista. Policiais militares também estão de sobreaviso, patrulhando a região.
Pânico
A certeza de que o assassino é morador de Quatro Barras criou clima de pânico na cidade. Ontem, as ruas do Jardim Patrícia estavam desertas. As crianças, que estão acostumadas a jogar bola, empinar pipa e andar sozinhas pelas ruelas de terra, não saíram de casa. As que eram vistas estavam acompanhadas dos pais, ou trancadas dentro do quintal. Durante a tarde, alguns meninos se divertiam tomando banho de mangueira dentro do quintal, sob o olhar atento da família. "Meu filho tem medo até de ficar no portão. O nosso temor é que o assassino esteja entre nós, por isso as crianças não ficam mais sozinhas", disse uma moradora da Rua José Rodrigues Fortes. No fim dessa rua fica o matagal onde Giovana foi encontrada.
Crime
A menina tinha sido vista pela última vez por volta das 16h de segunda-feira. Ela saiu de casa para vender rifas de Páscoa para a festa de sua escola, e bateu nas casas de vários moradores do Jardim Patrícia. No início da tarde de quarta-feira seu corpo foi achado dentro de um saco de lixo azul, jogado em um matagal a poucas quadras da casa dela. Giovana estava nua, amarrada com um fio de luz. Ela foi espancada, esganada e violentada sexualmente.
