O juiz Nivaldo Brunoni, da 3.ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba concedeu ontem a liberdade provisória para o médico Luiz Lauro Lacks e para o enfermeiro Milton José de Oliveira. Os dois foram presos no último dia 6 sob a acusação de falsificar guias de internamentos e cobrar por cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que devem ser feitas gratuitamente. O advogado Elias Mattar Assad, que defende os acusados, informou que seus clientes não oferecem nenhum risco à sociedade. Por este motivo a Justiça concedeu a liberdade. ?Agora vamos iniciar a defesa para provar que eles são inocentes e as acusações são improcedentes. Meus clientes são pessoas de respeito que sempre agiram dentro da lei?, salientou Assad.
Conhecido e respeitado na região da Lapa, Luiz Lauro, segundo a Polícia Federal, atendia em sua clínica particular e, em casos que necessitassem cirurgia, encaminhava o paciente para hospitais. O médico estava afastado do hospital desde abril, mas continuava trabalhando em uma clínica particular.
Mesmo com os procedimentos sendo pagos pelo SUS, de acordo com a acusação, ele cobrava entre R$ 500 e R$ 700. A polícia chegou ao médico mediante denúncias de pacientes e do diretor do Hospital São Sebastião, Antônio José Lemos, que desconfiou do médico.
Luiz Lauro é acusado de corrupção, concussão (conseguir vantagem indevida para si ou para terceiros, através de sua profissão), falsidade ideológica e coação. Foram apreendidos com ele documentos, comprovantes de depósitos bancários, duas armas e um livro de registro de consultas e cirurgias.