O médico neurocirurgião Paulo Carboni Júnior, 54 anos, que trabalhava no Hospital Pequeno Príncipe, foi assassinado na noite de terça-feira (19), dentro de casa, durante um assalto. Por volta das 20h, três indivíduos armados invadiram a residência, na Rua José Martin, Mossunguê, e renderam a família do médico. Segundo a polícia, em certo momento, Paulo foi alvejado em uma das mãos, em seguida no peito.
Ele estava amarrado com cadarços e a polícia ainda não sabe o motivo dos disparos. Os marginais fugiram e a esposa de Paulo o levou no carro da família até a Unidade de Saúde do Campo Comprido, mas o doutor não resistiu.
Vários objetos de valor e produtos eletrônicos estavam na garagem, prontos para serem levados. Os bandidos invadiram para roubar, mas a razão para terem atirado ainda não foi apurada‘, disse o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios. Como o caso foi de latrocínio, as investigações ficaram a cargo da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). Conforme investigadores desta especializada, o próximo passo será ouvir a esposa de Paulo.
Horas depois do crime, a residência foi periciada pelo Instituto de Criminalística. O corpo do médico foi transferido para o IML da capital.
O corpo do médico será cremado no início da noite desta quarta-feira (20) no Cemitério Vaticano, em Campina Grande do Sul, após cerimônia de despedida aberta ao público na Capela do Vaticano.
Pesar
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o hospital informou que recebeu com profunda tristeza a a notícia do falecimento do neurocirurgião pediátrico, que trabalhou por mais de 20 anos no Pequeno Príncipe, e se solidariza com familiares, amigos, corpo clínico e demais profissionais que atuaram com ele. “Paulo Carboni sempre exerceu sua função com excelência e ética, deixando para todas as equipes um exemplo de dedicação e profissionalismo”, diz a nota.
Currículo
Paulo Corboni se formou em 1982; fez residência médica na Santa Casa de Curitiba e terminou sua especialização na Inglaterra. Ao voltar para Curitiba, ingressou, em 1986, nos hospitais Pequeno Príncipe e Cajuru. Atualmente, coordenava uma das equipes de neurocirurgia do hospital. O médico era casado com a hematologista e oncologista Edna Carboni, que também atua no Pequeno Príncipe. Paulo Carboni deixa um casal de filhos.