Mecânico encontrado morto em Araucária

Após cinco dias de desaparecimento, familiares e amigos do mecânico industrial Aldoino de Lima, 29 anos, o encontraram na manhã de ontem. O corpo dele estava enterrando num banhado no final da Rua Manoel Ribas, Jardim Planalto, em Araucária, com as pernas cortadas, separadas do corpo. O suspeito de ter cometido o crime, o também mecânico Antônio Fernando Duarte, 25 anos, foi detido na casa de seu pai, a poucas quadras de sua oficina mecânica e do local onde o corpo foi encontrado.

Segundo a polícia, acredita-se que o motivo do crime tenha sido algum desentendimento no preço do serviço que Aldoino contratou para fazer em seu carro, na oficina de Antônio. O mecânico teria prometido entregar o Voyage em 20 dias, e o preço combinado seria de R$ 700. Porém, além de não entregar o carro no prazo, Antônio estaria pedindo mais do que o combinado, além de ser acusado de sumir com objetos do veículo.

Aldoino teria dito a familiares, na segunda-feira à tarde, que iria à oficina buscar o carro. Ainda antes de chegar à oficina, ele teria telefonado duas vezes a um amigo policial militar, contando o desentendimento com o mecânico. O policial disse ao amigo que se fosse necessário, iria até o local. Porém, minutos depois, Aldoino ligou novamente, dizendo que havia conseguido se acertar com o mecânico, e que não era necessária a presença dele na oficina. Desde então, Aldoino não foi mais visto.

Buscas

Em auxílio à polícia, amigos e familiares da vítima decidiram fazer buscas na região. Durante as buscas, um dos amigos chegou até o mato ao final da Rua Manoel Ribas, e viu algo suspeito na tampa de uma boca de lobo. Ao abrir, encontrou diversos sacos plásticos e de estopa sujos de sangue. Como não havia mais nada no bueiro, suspeitou que pudesse encontrar ao redor. De fato viu um banhado, com a terra recentemente socada, e ao cavar um pouco, encontrou uma mão. A polícia foi chamada, e o Corpo de Bombeiros também esteve no local para ajudar a desenterrar o corpo. Apesar das pernas cortadas, não se sabe exatamente como Aldoino foi morto.

Suspeita

Para a imprensa, Antônio, o mecânico suspeito, negou qualquer envolvimento com a morte. Já para os policiais ele disse que um adolescentes de 16 anos teria sido o autor do crime. Porém, o superintendente Edson de An-drade Vieira diz que há indícios muito fortes da participação de Antônio no crime: ?Aldoino foi visto pela última vez na oficina. Os plásticos encontrados no bueiro são parecidos com os usados por Antônio na oficina. Além disso, o corpo estava muito próximo do estabelecimento, entre outros indícios fortes. Por enquanto temos apenas fortes indícios. Vamos solicitar à Justiça a prisão preventiva de Antônio para averiguar tudo isso e para se chegar a provas concretas do fato?.

Desde segunda-feira a polícia vinha investigando o desaparecimento de Aldoino. Nesse mesmo dia a delegacia já tinha recebido uma carta anônima, falando que havia um corpo enterrado no final da Rua Manoel Ribas. Buscas foram feitas, e nada foi encontrado. Na sexta-feira, outra carta anônima foi enviada à delegacia com o mesmo conteúdo, porém nada foi localizado novamente. Suspeitos do fato, Antônio e seu pai, Tarciso Quirino Duarte, foram levados à delegacia para esclarecimentos. Porém, como não havia provas concretas da participação deles no crime, foram liberados.

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