Alberto Melnechuky |
Desordem na pequna moradia mostra que Fernando lutou com o criminoso. |
De acordo com informações colhidas pelos soldados Hein e Marins do Regimento de Polícia Montada (RPMont), Fernando tinha fama de valentão. “Os socorristas do Siate contaram dois tiros no peito da vítima, e ambos com marcas de pólvora ao redor”, comentou Hein. Pela aparência do cômodo, uma briga antecedeu o assassinato, já que o fogão havia caído sobre a vítima e vários utensílios de cozinha estavam espalhados pelo chão. Fernando caiu com a cabeça em um pote de vidro, quebrado provavelmente antes dos tiros, e teve um profundo corte no rosto. “Encontramos, próximo da cama, um projétil, possivelmente de um revólver, calibre 38”, disse o PM.
Investigação
Fernando havia se mudado para o conjunto de moradias, dentro de um terreno da Rua Isaías Régis de Miranda, há cerca de três semanas. Lá dividia a residência de quatro peças com três companheiros de trabalho. Cerca de 15 minutos antes de ser morto, ele estava com a namorada e os dois amigos. A mulher saiu, um dos companheiros foi comprar cigarros e o outro foi dormir em seu quarto, separado por uma cortina. “Deixei a porta aberta e pensei que o outro morador tinha chegado, quando ela abriu”, relatou.
Encolhido em um canto, ele ouviu os disparos. “Foram muitos tiros, uns seis”, contou, afirmando não ter visto quem atirou. O primeiro tiro deve ter errado o alvo e marcou a parede do quarto, dando tempo para que Fernando se levantasse do colchão e tentasse salvar sua vida.
O delegado Sebastião Ramos Neto, da Delegacia de Homicídios, foi ao local, acompanhado de sua equipe para colher as primeiras pistas para desvendar este homicídio.