Dentro de uma semana a Promotoria de Investigação Criminal (PIC) deve finalizar a investigação sobre a origem da chacina que aconteceu no Educandário São Francisco, na última sexta-feira. Cerca de 30 adolescentes devem ser ouvidos, assim como funcionários, educadores e diretores da instituição, para apurar denúncias de maus-tratos que teriam culminado no motim.

Segundo o procurador de Justiça, Dartagnan Cadilhe Abilhoa, coordenador da PIC, cerca de 20 internos apontados como os mentores da chacina, estão sendo ouvidos desde a última sexta-feira. Logo após as mortes de sete adolescentes internados no educandário, eles foram transferidos para uma instituição em Fazenda Rio Grande, onde travaram um novo confronto. Por causa disso, esta semana o grupo foi recambiado à Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), onde permanece isolado dos demais presos, devendo retornar ao Educandário depois que a reforma no prédio for concluída.

De acordo com o procurador, as versões estão sendo repetitivas. Os internos alegam maus-tratos por parte dos educadores e afirmam ter sido espancados nas dependências do Educandário. A chacina teria acontecido por que os adolescente ficaram revoltados com a atitude dos educadores, de retirar um aparelho de som do alojamento. “Eles tentaram agredir os funcionários, mas como eles conseguiram fugir, atacaram os demais detentos considerados “cagüetas”. Esta a versão dada pelos internos ouvidos até o momento”, afirma Abilhoa.

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