Material roubado recuperado pela polícia

Um barracão em São José dos Pinhais, contendo uma carga desviada de parquete de itaúba, avaliada em R$ 44,5 mil, e diversas cargas sem procedência foi descoberto por policiais do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco), ligado à Promotoria de Investigação Criminal (PIC). O proprietário do barracão, Carlos César Pigato, 44 anos, foi preso e autuado em flagrante por receptação, na noite de terça-feira. Além da carga de parquete, foram apreendidas cargas de aveia Quaker, produtos químicos, bobinas de lonas plásticas, piso cerâmico, bobinas de cabo de aço e ferramentas. A polícia calcula que toda a apreensão gire em torno de R$ 300 mil.

O delegado Vinícius Augustus de Carvalho, que coordenou os trabalhos, informou que uma pessoa que estava comprando a carga de parquete telefonou para a empresa pedindo informações sobre o preço do produto. Como não havia sido negociada nenhuma carga semelhante no Paraná, o representante ficou integrado. Posteriormente, apurou que em março havia sido desviada uma carga de três mil metros, de Porto Alegre (RS), com destino para Santa Catarina. "Os marginais fizeram um dublê do caminhão e com carteira de motorista falsificada, em nome de um funcionário da empresa, retiraram a carga da empresa", explicou o delegado.

Ele disse que após a constatação, o fato foi comunicado ao Gerco, que iniciou as investigações. No decorrer dos trabalhos, os policiais apuraram que a carga estava em um barracão, na Rua Doutor Joel Tesseroli, 35, Jardim Fabíola, em São José dos Pinhais. Lá encontraram todo o material. "Como não havia nota fiscal recolhemos tudo", ressaltou Vinícius Augustus. Ele disse que ao ser indagado o representante comercial disse que a carga foi deixada no local, por um homem chamado Rui, e ele só estava revendendo. "A empresa dele foi aberta em 2000 e fechada dois anos depois. Acreditamos que eles estejam atuando com cargas há muito tempo. A carga de parquete foi desviada em março deste ano.

Vinícius disse que o caso foi encaminhado à Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, que deverá dar continuidade às investigações. Carlos César está recolhido no Centro de Triagem.

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