Deverão sentar no banco dos réus, no próximo dia 31, no Tribunal do Júri de Paranaguá, Márcio Bolraquiardes Teixeira e Hélio de Oliveira. Os dois são acusados de assassinar o estivador Luiz Félix da Silva, o sindicalista Paulo Canhola e o bicheiro Paulo Sakamoto, mais conhecido como ?Japonês?. Os mandantes da morte do estivador seriam Antônio Bonzato e Hélio Alves dos Santos, que também deverão ser submetidos a júri popular. Nos assassinatos do bicheiro e do sindicalista, também foi denunciado Joel Bonzato, irmão de Antônio.
O promotor André Calixto, que irá atuar na acusação, informou que o julgamento deste mês é referente a morte do estivador Luiz Félix da Silva, que aconteceu no dia 1.º de novembro de 2001. Antônio Bonzato e Hélio Alves dos Santos impetraram recurso no Tribunal de Justiça e aguardam decisão, por isto não serão julgados. O promotor informou que os acusados de executar o crime estão presos, mas os apontados como mandantes continuam em liberdade.
Calixto avisou que está estudando a possibilidade de pedir o adiamento do julgamento para que Márcio e Hélio sejam julgados junto com Antônio e Hélio. O promotor acredita que o advogado Francisco Assis Monteiro Rocha, que defende os acusados de executar o estivador, deverá pedir que o julgamento seja realizado em outra comarca, em virtude da comoção social que o crime causou, na época, em Paranaguá. Félix era um dos principais oposicionistas do sindicato da categoria do Porto de Paranaguá e foi morto a tiros.
Sindicalista
No dia 7 de março de 2002, outro integrante da oposição, Paulo Henrique Canhola, também foi assassinado. Após as investigações, a polícia apurou que os autores dos dois crimes eram os mesmos e os mandantes também. A polícia ainda elucidou o assassinato do bicheiro Paulo Sakamoto, mais conhecido como ?Japonês?. De acordo com os trabalhos da polícia, os três crimes haviam sido praticados pelas mesmas pessoas. Com exceção de Joel Bonzato, que não teria envolvimento na morte do estivador. Todos os acusados apontados no inquérito policial foram denunciados pelo Ministério Público.