Será julgado hoje Maurício Rocha, 24 anos, acusado de homicídio ocorrido em 21 de fevereiro de 1999. Na madrugada daquela data, o réu, conhecido também como “Tucano”, teria assassinado a tiros o servente Fernando Ferreira Guimarães, vulgo “Cachaça”. A vítima tinha acabado de sair de uma lanchonete com a namorada, na Rua Columbina Naider, Vila Camargo, no Cajuru, por volta de 2h. Um homem chegou de bicicleta e detonou três tiros. Dois disparos atingiram “Cachaça” na cabeça e no pescoço e ele morreu na hora.
A namorada da vítima, Cíntia Laconski, reconheceu o assassino e disse à polícia que era “Tucano”. Ela declarou, ainda, que “Cachaça” era viciado em drogas. O acusado não foi preso em flagrante, mas acabou sendo detido dois meses depois, na Vila Camargo, por porte ilegal de arma. Preso, “Tucano” confessou outros dois homicídios. Ele é apontado no processo como traficante de drogas na região da Vila Camargo e teria executado “Cachaça” porque ele lhe devia dinheiro.
O réu será defendido pelo advogado Frederico Otto Leodegar Killian. O promotor responsável é Cássio Roberto Chastalo. A sessão do Tribunal do Júri, com início às 8h30, será presidida pelo juiz Rogério Etzel, da Segunda Vara.
Condenado
No julgamento realizado ontem, o réu Marcelo José Alves, 28 anos, foi condenado a seis anos e seis meses de reclusão em regime semi-aberto. Em maio de 2000, ele matou um bebê de oito meses, na casa onde morava com a amásia, no Parolin. A criança era filha da amante dele.
O crime ocorreu à noite, quando a mãe do bebê saiu para comprar cigarros e Marcelo, que segundo a amante era viciado em crack e tínner, tirou a criança do berço e bateu com a cabeça dela diversas vezes no chão – possivelmente irritado com o choro e transtornado pelo uso de drogas. A mãe chegou a presenciar a cena quando voltou para casa e tirou o bebê, já desacordado, dos braços de Marcelo.
Na confusão, com a chegada do Siate para levar o bebê e até que a Polícia Militar chegasse, Marcelo quase foi linchado pelos moradores do bairro. Ele foi preso em flagrante e ficou detido até a data do julgamento. A criança, internada no Hospital do Trabalhador, ficou em coma e morreu três dias depois em conseqüência das pancadas.