O pedreiro João Morais Filho, 40 anos, conhecido como ?João Pastor?, se entregou no final da tarde de quinta-feira, na Promotoria de Investigação Criminal (PIC). No último dia 9 de maio, ele já tinha ido até a PIC, onde apresentou a arma do crime e confessou ser o autor da execução dos investigadores da Polícia Civil Edmilson Polchlopek, 34 anos, e Rubens Ferreira Lima, 49, ocorrida na noite de dia 30 de abril último, no Sítio Cercado. Depois de interrogado, João foi liberado, porque não tinha mandado de prisão decretado, segundo a Promotoria.

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Após a apresentação do acusado e a divulgação dela pela Tribuna, o comentário nos meios policiais era que João já teria mandado de prisão por tráfico de drogas. O Ministério Público justificou que esta informação não constava no sistema de consultas de antecedentes da Polícia Civil e João não estava em flagrante, por isso foi liberado. Também depois da divulgação, a prisão preventiva foi decretada pela Justiça.

Entregou-se

De acordo com a assessoria do Ministério Público, sabendo que estava ?pedido? pela Justiça, João se entregou após promotores negociarem com seu advogado. Ele foi encaminhado ao sistema penitenciário.

João já havia se apresentado à PIC e entregue um revólver. Os promotores não explicaram se a arma era ilegal nem porque no momento da apresentação do revólver, que segundo informações teria o emblema da PM, ele não foi autuado por porte ilegal de arma. O revólver foi encaminhada ao Instituto de Criminalística, onde a perícia confirmou que foi usada na dupla execução.

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Os promotores se negaram a falar sobre o conteúdo do interrogatório de João, mas segundo informações extra-oficiais, ele teria praticado a execução porque os policiais estavam extorquindo-o.