Matador de aluguel é preso no Umbará

Por causa de uma discussão, quando teria ameaçado o sócio com uma arma, um perigoso bandido, que é foragido da Justiça, caiu nas mãos da polícia sexta-feira passada. Justino Marques de Oliveira, 39 anos, conhecido também como “Nêgo” ou “Tigrão”, cumpria pena por três assassinatos – um homicídio e um duplo latrocínio – mas pode ser responsável por muitas outras mortes. Há suspeita de que ele seja um matador de aluguel que agia na região de Foz do Iguaçu.

O próprio “Tigrão” contou aos policiais que já apareceu no programa “Linha Direta”, da Rede Globo, por causa de um assassinato cometido em Toledo, no interior do Estado, em 1998. Ele matou o dono da fazenda Planalto, a mando do filho do fazendeiro. O outro crime pelo qual “Tigrão” foi condenado também ocorreu no interior, quando ele assassinou duas pessoas após um assalto.

O homicida ficou preso em Toledo e na cadeia de Foz por alguns anos, e foi enviado para Curitiba em janeiro do ano passado, quando deu entrada no sistema penitenciário para cumprir a pena de 23 anos. Depois de conseguir progressão da pena para o regime semi-aberto, “Tigrão” escapou da Colônia Penal Agrícola em janeiro deste ano.

Boteco

Tranqüilamente, o foragido abriu um bar, em sociedade com um conhecido, na Estrada do Ganchinho, no Umbará, onde ia tocando sua vida. Para azar dele, na sexta-feira passada policiais militares chegaram ao boteco para levá-lo detido após uma denúncia de que “Tigrão” teria discutido e ameaçado o sócio com um revólver calibre 38.

Levado para a delegacia do 10.º DP (Sítio Cercado), o criminoso deu um nome falso para os policiais. Tudo teria terminado com a assinatura de um termo circunstanciado e a liberação do acusado, mas o investigador Marcos “Dentinho” desconfiou da atitude de “Tigrão”. Alertado, o delegado Jorge Azôr Pinto ordenou uma checagem no sistema da polícia. “Logo constatamos que o nome e a filiação fornecidas por ele não batiam”, contou o delegado.

Acuado, “Tigrão” acabou revelando seu verdadeiro nome e assegurou: “”Se eu ficar aqui nesse xadrez, dou um jeito de fugir.”

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