Julgado ontem por homicídio qualificado, o pedreiro Moacir Moreira, 34 anos, foi condenado a 9 anos e 25 dias de reclusão em regime fechado. A sentença proferida pelo juiz Rogério Etzel foi lida à tarde. O crime de Moacir foi passional: na noite de 7 de fevereiro deste ano, ele desferiu vários golpes de canivete na companheira, Deliza Aparecida dos Santos Pertile, 25 anos. Ele estava preso desde a data do homicídio.

O casal brigava constantemente e naquele dia Deliza tinha saído do trabalho e ido para a casa de uma amiga, em Campo Comprido. Moacir pegou o filho de 11 anos e foi atrás da mulher. Chegando no local, o pedreiro teria pedido para conversar, mas Deliza recusou. Louco de ciúme, Moreira partiu para cima da companheira e desferiu os golpes de canivete. Ela chegou a ser socorrida por vizinhos e foi levada ao Hospital do Trabalhador, onde morreu horas depois.

“Inferno”

Detido pouco depois do crime, Moacir contou que os dois moravam juntos há um ano e meio. Nos primeiros oito meses de relacionamento, relatou o pedreiro, tudo correu bem, mas depois o casamento de transformou em um “inferno”, nas palavras dele. Moacir disse que Deliza o traía e brigava constantemente com o filho dele (fruto de casamento anterior). A mulher teria até mesmo ameaçado quebrar as pernas do menino e colocar veneno na comida dele, se Moreira não o mandasse ir morar com a mãe.

No dia do crime, o casal tinha discutido já pela manhã. Deliza teria falado das traições anteriores, cometidas por ela. Segundo Moreira, a mulher prometia, naquela mesma noite, dormir com um amigo dele qualquer. O pedreiro teria ido procurá-la na casa da amiga para dividir os pertences do casal, pois a residência em que moravam era alugada e com o fim do relacionamento ele pretendia entregar o imóvel ao proprietário e ir morar em outro lugar.

Moacir Moreira foi defendido pelo advogado Matheus Gabriel Rodrigues de Almeida. Na acusação, atuou a promotora Lúcia Inês Giacomitti Andrich.

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