Uma discussão por causa de cinco pedras de crack teria motivado o assassinato do garçom Guilherme Vinícius de Lima, 24 anos, morto com um golpe de faca, no último dia 19 de agosto. Adriane Bueno Carlos, conhecida como "Dedeiz", 28 anos, confessou que cometeu o crime porque a vítima se negou a dar pelo menos uma pedra.
Ontem, Adriane foi detida no centro da cidade e levada ao 3.º Distrito Policial (Mercês), onde foi apresentada à imprensa e revelou toda a história. No final da tarde, a jovem foi levada à Delegacia de Homicídios. "Ela deve ser interrogada e o delegado da especializada irá decidir se pedirá a prisão ou ela irá responder em liberdade", salientou o superintendente Carlos Amaral, do distrito.
A Delegacia de Homicídios começou as investigações no dia em que Guilherme foi morto. "Eles apuraram que a autora era uma mulher conhecida como "Dedeiz?, mas não tinham a qualificação. Nossos policiais conheciam a moça e ontem, durante uma operação no centro, depararam com ela e a encaminharam para a delegacia", relatou Amaral.
Confissão
Adriane, que já cumpriu pena por roubo, alegou que é viciada em drogas. Ela relatou que tinha relacionamentos amorosos esporádicos com Guilherme. No final da madrugada daquela sexta-feira, os dois compraram cinco pedras de crack para consumo, nas proximidades da Praça Tirandentes. Segundo Adriane, Guilherme se negou a dividir a droga. Ela disse que implorou para que o garçom lhe desse ao menos uma pedra de crack. Diante da negativa, Adriane puxou o punhal e desferiu um golpe no peito de Guilherme.
O jovem ainda tentou pedir socorro e deu alguns passos até o ponto de táxi da Praça Tiradentes, mas não resistiu e tombou morto na calçada sem dizer uma palavra, por volta das 6h daquele dia.