Marcos teria brigado com o
criminoso em casa de amigos.

Um tiro no rosto, próximo à boca, matou o pintor Marcos Henrique Santana, 24 anos, na Rua Estanislau Wildner, esquina com a Rua Wilson Dacheux Pereira, Alto Boqueirão, às 2h50 de ontem. Pelas primeiras informações, o assassino perseguiu o rapaz, atirou e voltou para uma festa de onde os dois teriam saído. A Delegacia de Homicídios investiga o caso, mas tem encontrado dificuldades para descobrir pistas que levem ao matador.

Enquanto patrulhavam o bairro, como de costume, o sargento Freitas e o soldado Tacito, do Regimento de Polícia Montada, RPMont, foram abordados por uma pessoa. Ela avisou que havia um rapaz caído na rua e não deu mais informações. No local, estava Marcos, já sem vida. Apesar de estar sem documentos, ele mantinha o telefone celular, o que, a princípio, descartaria a hipótese de latrocínio (roubo com morte).

Festa

Os investigadores Lopes e César, da DH, descobriram que a vítima e o assassino estavam em uma festa, promovida em uma residência. A casa fica a cerca de duas quadras do local do crime. “Algumas pessoas nos relataram esse detalhe, mas ninguém disse quem atirou nem por qual motivo”, lamentou César. A confusão teria começado na festa, onde Marcos teria se desentendido com outro homem. Ele saiu da casa e teria sido seguido pelo assassino, que, conforme apurado pelos policiais, teria atirado e voltado rápido para a festa. A atitude indica que ele queria manter um álibi, para ficar fora de suspeitas.

Moradores próximos contaram ter ouvido quatro tiros. Porém, segundo levantamento preliminar do perito da Polícia Científica, apenas um tiro atingiu a vítima, próximo da boca. Exames complementares no IML poderão determinar se Marcos foi ferido em outras partes do corpo, o que indicaria, por exemplo, que ele teria sido perseguido, com o matador atirando.

A falta de informações atrapalhou o trabalho da polícia. “Eles disseram que o assassino estava na festa, que voltou para lá, mas ninguém quis dar alguma característica dele”, relatou o investigador. Marcos vivia nas Moradias Rio Bonito, Pinheirinho.

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