O operador de máquinas Eduardo Macedo Patrício, 20 anos, foi preso por policiais da delegacia do Alto Maracanã, acusado de matar o próprio pai, o pintor automotivo Valmor Prado Patrício, 55 anos.
O assassinato ocorreu às 13h30 do último dia 11, na oficina da vítima, na Rua Huxley, 165, no bairro Rio Verde, em Colombo. Ontem, o genro da vítima, Marcos Roberto Seco, 30, apontado como co-autor, se apresentou na delegacia.
O delegado Hamilton Cordeiro da Paz, titular da DP do Alto Maracanã, contou que Eduardo e Marcos foram até a oficina da vítima na tarde do crime. Marcos discutiu com o sogro e Eduardo atirou, acertando o peito do pai.
A vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital Cajuru, mas não resistiu e morreu meia hora depois. "No dia, fomos até o local e descobrimos que o genro da vítima havia discutido com Valmor, mas estava acompanhado de outro rapaz, que teria atirado", contou o delegado. Na continuidade, os policiais apuraram que o próprio filho foi quem atirou. "Descobrimos que ele tinha trabalhado no dia do crime, pois é operador de máquinas e começa a trabalhar às 18h. Ele também tinha ido para o serviço no dia do velório. Então, imaginamos que também iria trabalhar no dia seguinte", comentou Hamilton, resumindo a forma como ocorreu a prisão.
Os policiais foram até a entrada da fábrica e o aguardaram. Assim que ele chegou, fizeram a abordagem. "O rapaz portava um revólver calibre 38, com quatro cápsulas deflagradas e com numeração lixada. Autuei-o por porte ilegal de arma e pedi a prisão preventiva à Justiça pelo homicídio", explicou o delegado.
Eduardo confessou o crime, alegando que não tinha bom relacionamento com o pai, a quem tachou de "carrasco". Segundo Eduardo, o pai o maltratava e batia nele.
Já Marcos disse que foi até a oficina apanhar R$ 200,00 para sua mulher, que é filha da vítima. "Ele justificou que discutiu com o sogro porque, dias antes, ele havia passado as mãos nos seios de sua mulher. No calor da discussão, Valmor o teria agredido, momento em que Eduardo teria dado o tiro", relatou o delegado.