Cadáver encontrado após |
Ao flagrar seu inquilino, Jonas Prim, 21 anos, dentro de sua casa, na Rua dos Girassóis, 16, no bairro Cohapar, em Quatro Barras, o padeiro Jairo Mocelin disparou um tiro na cabeça do rapaz. Em seguida, colocou o corpo dentro do carro, um Gol, e o "desovou" na Estrada Mandassaia, a 12 quilômetros da sede do município de Campina Grande do Sul. O crime aconteceu às 15h de terça-feira, mas o corpo só foi encontrado às 13h de ontem, após o autor telefonar para a delegacia local e fornecer a localização do cadáver.
O superintendente José Carlos de Oliveira informou que, por volta das 15h de terça-feira, moradores escutaram um estrondo vindo da casa de Jairo. Os policiais foram até o local e encontraram rastros de sangue. As manchas começavam pelo banheiro, seguiam pela sala e se estendiam até a porta de entrada, que dá acesso à garagem. Na porta dos fundos estavam os chinelos que o pedreiro usava naquele dia. "Vimos muito sangue na casa e massa encefálica. Havia suspeitas de que o sangue era do Jonas, mas a confirmação só veio com o telefonema do autor, na mesma noite", relatou o superintendente.
José Carlos disse que policiais da delegacia, comandados pelo delegado Erineu Sebastião Portes, começaram as buscas ao corpo às 6h de ontem, mas mesmo com as indicações do autor do crime, só o localizaram sete horas depois.
Furtos
De acordo com breve relato do autor à polícia, por telefone, Jonas alugou a casa dos fundos, onde morava com a mulher e a filha. No dia anterior, haviam arrombado a casa do padeiro e furtado um aparelho de som. Ele até desconfiou do inquilino, mas como não tinha certeza, nada fez. Mas na terça-feira, ao chegar em casa, surpreendeu o rapaz dentro de sua casa, levando o televisor. Descontrolado, ele apanhou uma arma e atirou no rapaz, acertando a cabeça. Apavorado e sem saber o que fazer, Jairo arrastou o cadáver até a garagem, colocou-o no porta-malas do Gol azul e levou-o até a zona rural de Campina Grande. "Ele disse que não tinha outra alternativa. Mas prometeu se apresentar nas próximas horas", salientou José Carlos.
Jonas era conhecido na cidade por furtar alumínio para revender e com o dinheiro comprar droga, já que era viciado. "Ele estava em liberdade provisória. Em setembro este rapaz arrombou dez túmulos do cemitério de Quatro Barras e furtou alumínio das sepulturas. O Jonas era contumaz na prática de furtos", salientou o policial.