A delegacia de Pinhais acredita ter elucidado a morte de Vera Lúcia de Abreu, 57 anos, que teve o corpo queimado dentro de casa, no dia 8. A vítima foi ensopada com gasolina, dentro da cozinha, e incendiada. Socorrida por vizinhos e encaminhada de helicóptero ao Hospital Evangélico, Vera não resistiu e morreu cinco dias depois.
Durante o socorro, ela contou para vizinhos que o criminoso era Oswaldo Pedrozo de Abreu, 61, com quem foi casada por 37 anos e pai de seus dois filhos. Ele foi detido ontem à tarde, em sua casa. Segundo a polícia, Oswaldo estava completamente bêbado na noite do crime e teria chegado com uma garrafa pet com a gasolina.
Dor
Depois de ouvir depoimentos das pessoas que acudiram Vera, correndo com o corpo em chamas pela Rua Foz do Iguaçu, no bairro Emiliano Perneta, investigadores da delegacia local prenderam Oswaldo. “As testemunhas nos disseram que Vera gritava de dor e acusava o marido. No hospital, mesmo debilitada pelos ferimentos, voltou a confirmar que o autor era Oswaldo”, descreveu o delegado Fábio Amaro.
O delegado contou que os vizinhos ficaram horrorizados e que Vera gritava “olhem o que o Oswaldo fez comigo”. “O crime foi de uma torpeza sem tamanho, uma vez que a vítima foi morta sem motivo algum, pelo seu próprio esposo, que tinha o dever legal e moral de protegê-la”, frisou Amaro.
Ameaças
De acordo com o delegado, Oswaldo afirmou não se lembrar de nada, porque estava alcoolizado. “A vítima sofria ameaças e agressões há algum tempo, mas não noticiava a polícia, o que pode ter contribuído para essa tragédia absurda”, completou o delegado.
Oswaldo só não foi preso antes, porque os policiais precisavam colher os depoimentos das testemunhas para materializar a denúncia. Ele foi encaminhado ao setor de carceragem provisória da delegacia de Pinhais e pode pegar pena de 12 a 30 anos.
