Adriana caminhava pela rua quando
foi alcançada pelo ex-namorado.

O sonho de Adriana Aparecida de Andrade, 21 anos, de entrar em uma faculdade foi brutalmente interrompido no início da tarde de ontem. Ela foi executada com um tiro na cabeça, disparado pelo seu ex-namorado, o vendedor Francisco Delano de Souza, 23, quando andava pela Rua Astorga, bairro Guaraituba, em Colombo, a caminho de seu trabalho. Em seguida, Francisco atirou contra a própria cabeça. Ele foi encaminhado em estado grave para o Hospital Cajuru, onde morreu logo depois.

Os dois jovens mantinham um relacionamento há meses, mas alguns dias atrás, Adriana resolveu romper o namoro. Francisco, que morava em Morretes, não aceitava a decisão da namorada e queria tornar a relação um compromisso mais sério. A jovem, por sua vez, trabalhava como caixa e estudava em um cursinho, pois tinha a ambição de fazer faculdade. “Ela não se importava tanto com o romance”, conforme relatou Joaquim, o pai dela.

De acordo com o aspirante Prebianca, do 17.º Batalhão da PM, inconformado com a impossibilidade de reatar o namoro, Francisco aproveitou um compromisso que teria em Colombo para sair de Morretes. Por volta do meio-dia, ele já trafegava pelas ruas do bairro Guaraituba, com o seu Fiat Pálio, provavelmente à procura de Adriana.

Tiros

Na Rua Astorga, ele a encontrou caminhando pela margem da rua. Parou o carro, sacou um revólver, calibre 38, e efetuou um disparo à queima-roupa contra a Adriana. A bala, conforme levantamento preliminar da Polícia Cientifica, entrou pelo lado direito do ouvido e atravessou a cabeça da vítima, matando-a na hora.

O rapaz saiu em disparada com o carro e, alguns quilômetros adiante, na localidade de Alto Maracanã, encostou o Fiat Pálio na Rua Abel Scuissiato. Lá, trancou as portas do veículo e atirou mais uma vez, agora contra a própria cabeça. O Siate foi acionado e encaminhou-o ao Hospital Cajuru.

Familiares de Adriana, acompanhavam desolados o trabalho das polícias Civil, Militar e Científica. O pai dela disse não imaginar que Francisco fosse capaz de realizar tal brutalidade. “Ele premeditou isso tudo”, disse. Segundo contou, o jovem chegou a freqüentar a casa da família. “Parecia ser uma boa pessoa”, lembrou Joaquim.

A arma do crime foi apreendida pelos PMs e encaminhada à delegacia de Alto Maracanã que cuidará do caso.

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