Dos Estados Unidos, Denise Niemitz ouviu o tiro que matou seu irmão, Sérgio Niemitz, 44 anos. Ela conversava com seu marido, Gilson Luiz Schoules, 34, pelo celular, quando ele atirou no cunhado, às 23h45 de sábado, em uma casa da Rua Brasil Para Cristo, Boqueirão. Policiais do 7.º Distrito estão atrás de Gilson, que, por telefone, tem ameaçado de morte a família da mulher.
Com o celular na mão, o homem bateu à porta da casa da mãe de Denise e Sérgio foi atendê-lo. “O que você quer? Entra Gilson!”, teria dito, sem saber das intenções do cunhado. “Confirme isso para seu irmão!”, disse ao telefone e antes de passar o aparelho atirou. Depois do tiro, Gilson ainda teria dito que mataria toda a família da mulher, citando nome a nome as pessoas que marcava como futuras vítimas.
Distância
Sérgio caiu no chão da cozinha da residência, enquanto o assassino fugia. O Siate socorreu a vítima, ferida com um tiro à queima-roupa, e a levou ao Hospital Cajuru. Mas ele não resistiu e morreu na madrugada de ontem. Gilson ainda ligou algumas vezes ameaçando de morte as outras pessoas da família.
Gilson voltou forçado dos Estados Unidos, a pouco menos de um mês, deixando lá a mulher e a filha, de 10 anos. Na noite de sábado, pelo telefone, ele pedia à Denise que voltasse ao Brasil. Porém, ela argumentava que iria precisar ficar lá até janeiro, tempo para a criança terminar um tratamento de saúde e o semestre letivo.
A investigação está a cargo do 7.º DP, onde o caso foi registrado. Há suspeitas que Gilson esteja se refugiando em uma chácara, em Mandirituba. A propriedade foi comprada por ele, quando ainda estava no exterior, e serviria para que ele e a esposa recomeçassem a vida, quando a família retornasse para o Brasil.