Ao fazer ameaças, Edemar levou
um tiro na cabeça, disparado
por Darsulino Pinheiro.

Uma briga em família foi resolvida a tiro, na cozinha. A bala atingiu a cabeça de Edemar Diniz da Silva, 27 anos, que caiu morto ao lado do fogão à 0h05 de ontem, numa casa da Rua Joaquim G. Primo, Jardim Luci, São José dos Pinhais. O acusado do crime, dono da residência e cunhado da vítima, foi preso pouco depois pela Polícia Militar e confessou a autoria.

Logo após o disparo, o motorista de ônibus Darsulino Pinheiro, 48 anos, chamou um táxi e levou mulher e filho até um hotel na Avenida Iguaçu, em Curitiba. A PM descobriu o paradeiro do suspeito e o capturou às 2h.

O motorista confirmou a acusação e alegou estar sendo ameaçado pelo cunhado. Darsulino contou que há cerca de um ano alugara um apartamento que possui no Pinheirinho para Edemar. Mas o cunhado, segundo ele, era viciado em cocaína e trocou o imóvel para pagar uma dívida com traficantes, mesmo sem ser proprietário. “Ele queria a documentação para que eu transferisse o apartamento. Falei que não iria dar de presente”, disse Darsulino.

Ameaças

Por este motivo Edemar o estaria ameaçando há cerca de duas semanas. Na noite de quinta-feira, o suposto viciado esteve na casa do cunhado e houve novo desentendimento. “Tentei amenizar, mas ele falou que, se eu não desse a papelada, a irmã dele (que pagava o aluguel do imóvel) morreria no dia seguinte. Depois, mais gente perderia a vida, eu inclusive”, relatou o motorista.

Segundo Darsulino, no instante das ameaças, Edemar estava sentado no sofá e levou a mão à cintura. “Não sei se ele estava armado ou não. Só fechei o olho e falei ?seja o que Deus quiser?”, contou. O motorista diz que atirou com um revólver calibre 38 velho, que continha só uma bala.

Autuado em flagrante na Delegacia de São José dos Pinhais, o motorista disse estar arrependido.

continua após a publicidade

continua após a publicidade