Na volta para casa, César Augusto, 25 anos, e sua família foram surpreendidos com um assalto, às 21h de segunda-feira, no Largo 8 do Conjunto Açucena, Alto Boqueirão. Ele foi obrigado a entregar as chaves do seu Golf, placa BAA-0909, mas não deixou o assaltante fugir e matou-o com sua pistola, calibre 380. O rapaz morreu no volante do veículo. Ele estava sem documentos e seu corpo foi encaminhado ao IML, sendo identificado horas mais tarde. Trata-se de Tomás Alexandre Klupens, 21 anos.
As irmãs de César contaram que ele voltava de um jantar na casa de sua mãe e estava estacionando o carro na garagem de sua residência, quando foi surpreendido pelo assaltante, que perguntou se ele conhecia uma garota chamada Cristiane. César respondeu negativamente e recebeu a voz de assalto, enquanto sua mulher, seu filho de 3 anos e o bebê de seis dias, saíam do veículo. “Dê a chave que esse carro está encomendado”, teria dito o assaltante, ameaçando a família com um revólver, calibre 38.
Tiros
A vítima tirou a chave da ignição e entregou-a ao assaltante, que não teve tempo para levar o carro. César conseguiu pegar sua pistola dentro da casa e atirou duas vezes. De acordo com levantamentos preliminares do perito Antônio Carlos, da Polícia Científica, os dois tiros atravessaram o braço direito do assaltante, atingiram-no no lado do peito. No carro foram encontradas as cápsulas dos projéteis da pistola. Os soldados Marçal e Macarine, do Regimento de Polícia Montada – RPMont, apreenderam o revólver, enquanto os socorristas do Siate avaliavam a situação do baleado. Porém, ele morreu na hora e não foi possível prestar-lhe socorro.
O investigador Tiquinho, da Delegacia de Homicídios, colheu as primeiras informa-ções. César saiu de casa com a família para não ser preso em flagrante.
Transtornado
Enquanto realizava o reconhecimento do corpo no IML, ontem, a prima da vítima, Simone, disse que Tomás iniciou a sua vida criminosa após a irmã dele ser assassinada em agosto de 1997. Juliana do Rocio Bastos, 21 anos, foi morta com três tiros a queima-roupa na tarde do dia 29, quando estendia roupas no quintal de sua casa, na Vila Maria do Rosário, em Colombo. O autor foi um pedreiro que prestava serviços para ela e o motivo do assassinato foi banal: uma dívida de 30 reais.
A partir desse fato, Tomás – que trabalhava normalmente em Colombo – ficou transtornado e começou a praticar crimes. Segundo a prima, ele chegou a ficar preso no 10.º DP (Sítio Cercado) após ter cometido um assalto. O rapaz morava em Colombo e há mais de uma semana não era visto por familiares. Ele estaria envolvido com uma gangue em Colombo que lida com furtos e roubos de veículos.