Com nove facadas nas costas, Eliane Cristina Bittencourt, 20 anos, foi assassinada no início da manhã de sábado, em sua casa, na Rua Joaquim Caetano da Silva, no bairro Santa Quitéria. O autor, segundo a polícia, foi o amásio da vítima, Luiz Adriano Gesso, 26 anos. A arma do crime, uma faca de cozinha, ficou ao lado do corpo da vítima, caída no chão do quarto do casal.
O soldado Otto, do 12.º Batalhão, disse que após matar a jovem, Luiz Adriano telefonou para o 190 e avisou que havia matado sua mulher. Ele forneceu o endereço, mas não se identificou. O policial e seu colega Amaral foram até o local verificar. A porta da casa estava encostada. Eles abriram e depararam com o corpo de Eliane.
Uma irmã da vítima, que saía para trabalhar às 8h, contou que encontrou Luiz Adriano na estação-tubo do ligeirinho. Ele vestia calça preta, camisa e boné do Clube Atlético Paranaense e cumprimentou a cunhada como se nada tivesse acontecido.
Revolta
A mãe de Eliane, Cone Bittencourt, estava inconformada. Ela disse que a filha e o genro saíram com ela na noite de sexta-feira e foram até um bar, na proximidades. “A Eliane não bebia. Ele tomou três cervejas comigo, que eu paguei porque ele está desempregado. Voltamos para casa às 4h30 e ele abriu a porta da minha casa para mim, antes de ir para a casa deles, que fica nos fundos. Estava tudo bem, eles não haviam brigado. Estavam felizes. Hoje (sábado) acordei com a notícia”, relatou Cone.
Ela disse que Eliane tem um garoto de 3 anos, de outro relacionamento, que foi passar o final de semana na praia com o pai. A jovem morava com Luiz Adriano há dois anos e o casal tinha um bom relacionamento. “Às vezes eles discutiam, mas nada grave. Nunca pensei que ele fosse capaz de fazer isto”, lamentou Cone.
De posse da fotografia de Luiz Adriano os policiais fizeram buscas na região, mas não o localizaram. O caso foi atendido por policiais da Delegacia de Homicídios, mas como a autoria é conhecida será repassado ao 9.º Distrito Policial (Santa Quitéria).
