Marinha procura náufragos na região de Paranaguá

Mais de 50 homens da Marinha e da Aeronáutica estão atuando nas buscas ao barco de pesca Mar do Sul III, e dos seus quatro tripulantes que desapareceram em alto mar, na região de Paranaguá. O trabalho de resgate começou no final da tarde de domingo, quando o barco tombado e vários destroços foram avistados por pescadores, a 20 milhas – cerca de 40 quilômetros – da entrada da barra do município. Um dos cinco tripulantes, que ainda não foi identificado, foi encontrado morto, boiando próximo à Ilha de São Francisco do Sul, em Santa Catarina.

De acordo com o comandante César, imediato da Capitania do Portos do Paraná, o barco partiu do município de Guaratuba, no dia 27 de maio, para realizar a pesca de camarões entre as áreas de Itajaí, em Santa Catarina, e Paranaguá. “Não podemos precisar o dia exato em que aconteceu o acidente, pois eles estavam em alto mar há dez dias”, afirmou o comandante. Através do rádio dos navegantes, os pescadores, que avistaram o barco tombado, entraram em contato com as outras embarcações, e em seguida a delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí foi acionada. Às 23h equipes de resgate passaram a realizar buscas pelo mar, chegando até o local onde o Mar do Sul III foi visto, porém ele não foi encontrado.

Próximo à Ilha da Paz, localizada nos arredores da Ilha de São Francisco, a equipe avistou o corpo de um homem, com o rosto desfigurado, boiando. O tripulante da embarcação, que foi pego através de uma rede de peixe, estava sem documentos e trajava bermuda cinza e camiseta vermelha. A vítima tinha um desenho, espécie de coleira, tatuado no pescoço e duas penas no braço esquerdo. “Não encontramos nenhum vestígio do barco porque provavelmente ele afundou. As buscas, agora, giram em torno dos outros quatro desaparecidos”, disse o comandante.

Resgate

Por volta das 11h da manhã de ontem os trabalhos de resgate foram retomados. Um navio balizador da Marinha e uma aeronave da Força Aérea Brasileira estão percorrendo todo a extensão do litoral paulista ao catarinense. As colônias de pescadores e as embarcações que estão no mar também estão de sobreaviso. “Enquanto houver esperanças de encontrá-los vamos continuar procurando. É difícil saber se ainda estão vivos, já que existe a possibilidade deles terem conseguido nadar até algum lugar. O próximo passo será verificar quais foram as causas do naufrágio e se o navio era qualificado para ir tão longe”, finalizou o comandante.

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