Marginais matam homem e escondem corpo em valeta

Por questão de minutos, um homem aparentando entre 25 e 30 anos poderia ter saído vivo de uma agressão a pedradas que sofreu, na manhã deste domingo (13), no Uberaba.

Enquanto a polícia recebia telefonemas anônimos, informando sobre a agressão que estava ocorrendo na Vila União, os criminosos fugiam com a vítima num carrinho de mão.

Apesar das buscas, que iniciaram imediatamente após as denúncias, quando a polícia encontrou o homem, ele já estava morto, jogado dentro de um valetão, nos fundos da vila.

O corpo foi empurrado para debaixo da vegetação aquática, para dificultar que fosse achado. Porém, os rastros de sangue no chão e em pedras mostraram o caminho à polícia.

O sargento Freitas, do 20º Batalhão da Polícia Militar, explicou que às 9h13, uma pessoa ligou avisando que na Rua Santo Antônio Tortato, três homens carregavam um jovem ensanguentado.

Quando a polícia seguia para a ocorrência, novo telefonema chegou, avisando que um rapaz estava sendo agredido a pedradas na Rua Miguel Trentini. Quando os policiais se dirigiam a esta rua, outra pessoa ligou, desta vez avisando que três homens carregaram um corpo num carrinho de mão e o desovaram no valetão.

Como a extensão da valeta é grande e nem sempre com fácil acesso a carros, a polícia demorou a encontrar o suposto local da desova. Mas depois de pelo menos três viaturas se envolverem nas buscas, uma das equipes visualizou marcas de sangue no mato, à beira da valeta, e em lixos e entulhos jogados ao redor.

Mesmo assim, apesar do rastro de sangue e do mato recém amassado, só foi possível ter a certeza de onde estava o corpo depois que um morador se propôs a chegar quase na água, retirar alguns objetos da margem e cutucar a água com um pedaço de pau.

O cadáver foi empurrado para debaixo da vegetação aquática. Para dificultar, os autores ainda colocaram pedras e entulhos sobre o corpo, para evitar que boiasse e aparecesse na superfície.

Embora a polícia tenha chegado logo após a ocultação do cadáver, não havia ninguém por perto. Certamente os suspeitos ainda estavam nas imediações, mas conseguiram fugir em tempo. Quem denunciou o crime por telefone não descreveu os marginais.

A vítima era um homem branco, com cabelos pretos e curtos, cerca de 1,65 de altura e magro. Aparentava entre 25 e 30 anos, não tinha tatuagens e vestia bermuda estilo surfista, camiseta e tênis que possivelmente eram de cor branca, mas estavam encardidos pela água suja. A Delegacia de Homicídios aguarda sua identificação para prosseguir com as investigações.

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