Agentes promoveram
ontem mais uma manifestação.

O Departamento Penitenciário do Estado (Depen) vai tentar resolver o impasse entre o Sindicato dos Servidores e Trabalhadores do Sistema Penitenciário do Estado do Paraná (Sinssp) e a empresa Montesinos, que terceiriza o serviço de agentes de disciplina na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP). Desde o último dia 27 de dezembro, um grupo de agentes está em greve. Ontem, eles fizeram um protesto em frente ao Edifício Caetano Munhoz da Rocha, durante a posse do novo Secretário de Estado da Justiça, Aldo Parzianello.

Conforme a presidente do sindicato, Sandra Márcia Duarte, o novo diretor do Depen, coronel Justino Henrique Sampaio Filho, comprometeu-se em recebê-la na segunda-feira e possivelmente servir de intermediador nas negociações. “Por enquanto continuamos em greve”, disse Sandra. A reportagem conversou com o novo diretor do Depen, que confirmou a informação.

Equiparação

Ontem houve uma reunião entre a empresa e o sindicato. Porém, nada foi resolvido. Os agentes afirmaram que a empresa terceirizada não aceita negociar com eles, alegando que o Sinssp não é o sindicato que responde pela categoria. “Queremos a equiparação salarial com os agentes que trabalham para o Estado. Eles ganham R$ 1,2 mil e nós R$ 400,00. Além disso, queremos melhores condições de trabalho na PEP”, reclamou um dos delegados sindicais que trabalha no presídio, Marcos Murilo, destacando que alguns dos 60 agentes em greve chegaram a ser ameaçados de demissão.

Um dos gerentes da Montesinos-que preferiu não se identificar por questão de segurança, já que a empresa trabalha no setor penitenciário-, explicou que a questão que realmente está emperrando a negociação é a ausência de um sindicato que represente a categoria. “É uma questão legal. O sindicato que quer representá-los não tem esse direito. Ele é um sindicato de servidores públicos, não privados como eles. Não é a empresa quem diz, é a lei”, afirmou, destacando que o efetivo de reserva técnica da empresa vem cumprindo rigorosamente o que prevê o contrato da terceirizada e do governo do Estado. O gerente negou qualquer tipo de ameaça de demissão.

continua após a publicidade

continua após a publicidade