Manobra da defesa adia novo julgamento das Abbage

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar suspendendo o julgamento de Celina e Beatriz Abagge, que estava marcado próximo dia 24, no Tribunal do Júri de Curitiba. Mãe e filha são acusadas do assassinato do garotinho Evandro Ramos Caetano, 7 anos, durante um suposto ritual de magia negra, em Guaratuba, em 1992.

Em 1998, Celina e Beatriz foram julgadas e absolvidas após 34 dias de júri, ocorrido em São José dos Pinhais. Depois o julgamento foi anulado. De lá para cá, a ameaça de novo julgamento é constante na vida da família. Porém, um habeas corpus impetrado junto ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, pode colocar um fim definitivo à situação.

O advogado Osmann de Oliveira explicou que a defesa ingressou com habeas corpus sustentando que a decisão do Tribunal de Justiça do Estado era nula porque juizes tiveram participação, ao invés de desembargadores.

Ao conceder a liminar, o juiz Eros Grau justificou que o julgamento que decidiu que mãe e filha deveriam ser submetidas a novo julgamento, foi composto por dois juízes convocados e um único desembargador. O que no seu entendimento, não tem força para anular a decisão do Tribunal do Júri de São José dos Pinhais. 

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