O repositor de mercadoria, Thiago Macedo Seixas, 19 anos, foi preso ontem pela manhã por policiais do 13.º Distrito Policial (Tatuquara) e contou, com riquezas de detalhes, como assassinou a adolescente Diully Cristina Ribeiro, 13 anos, no dia 14 de março deste ano. O rapaz estava em sua casa, na Rua Altino Lemos da Silveira, no Tatuquara, quando recebeu voz de prisão.
Foi através do exame de DNA que o crime foi elucidado. O delegado, Irineu Sebastião Portes, titular do distrito, informou que, logo após o corpo ser encontrado, cerca de 30 pessoas foram ouvidas pela polícia. Dessas, oito confessaram que tinham relacionamento sexual com a vítima. ?Porém, só cinco, entre elas o Thiago, apresentavam indícios de autoria, mas não havia provas concretas e nenhuma testemunha?, comentou Portes.
Ele disse que os cinco suspeitos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde forneceram sangue, saliva e esperma. Apesar de os exames não descartarem a hipótese de um deles ser o autor, não indicou um com certeza. Por esse motivo, o delegado solicitou que o exame fosse feito no Laboratório de Genética Molecular Forense, do Instituto de Criminalística, que apontou que o material encontrado no corpo de Diully era o mesmo fornecido por Thiago.
Na noite de segunda-feira, o delegado solicitou a prisão temporária, por cinco dias, de Thiago na Vara de Inquéritos Policiais, que foi decretada pela juíza Nilce Regina Lima.
Barbaridade
Sem demonstrar arrependimento, mas aparentando estar assustado, Thiago disse que, na noite do dia 13 de março, encontrou Diully na rua. ?Nós mantivemos relações sexuais próximo ao colégio. Depois, fomos embora?, contou o jovem. Ele disse que passaram pelo bosque Municipal Monteiro Lobato, por volta dos 30 minutos da madrugada do dia 14. ?No caminho, a gente resolveu manter relações de novo, por duas vezes. Não forcei nada. Foi de livre e espontânea vontade?, alegou o rapaz.
Ele disse que, quando mantinha relações sexuais com Diully, lembrou que dias antes, a garota o tinha ameaçado de morte e que mandaria alguns garotos bater em Thiago, porque ele tinha brigado com um outro garoto do bairro. ?Nós éramos amigos, mas eu tinha bebido um pouco e quando lembrei do que ela tinha falado, apertei o pescoço dela?, contou. A garota desmaiou.
Mesmo assim, ele manteve relações anais com Diully. Depois amarrou suas pernas e braços e pendurou o corpo da menina em uma árvore. Para isto, ele amarrou a calça jeans da menina em seu pescoço e na árvore.