A estudante Ketlyn Cristina da Rocha Felix, 16 anos, e o cunhado dela Guilherme Chembersk Fragoso, 15, foram assassinos a tiros, na manhã de sábado, numa casa do Jardim Paloma, em Colombo. A residência é considerada amaldiçoada pelos moradores da região. O irmão do garoto, Gustavo Fragoso, 18, marido de Ketlyn, foi ferido com um tiro de raspão e tinha ferimentos leves, segundo ele, provocados por luta corporal.

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A garota morreu na hora com um tiro no pescoço e o adolescente foi levado ao hospital, ferido na cabeça e no peito, mas não resistiu. Segundo testemunhas, um homem armado invadiu a residência com uma espingarda e efetuou os disparos. De acordo com o tenente Lima, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, vizinhos ouviram os tiros e chamaram a polícia. “O rapaz informou que o autor do crime invadiu a casa e, sem falar nada, efetuou os disparos com uma espingarda calibre 36. Depois de lutarem, ele fugiu, deixando a arma do crime”, explicou o tenente.

Dúvidas

Um policial que preferiu não se identificar questionou as marcas dos ferimentos encontradas em Gustavo, bem como a arma utilizada no crime. Segundo ele, a espingarda é de difícil manuseio e o autor ficou na casa o tempo suficiente para recarregá-la. Pela posição em que Ketlyn ficou caída, foi possível identificar que Guilherme foi ferido primeiro.

O pai de Ketlin, Francisco Felix, disse que ela morava com Gustavo há pouco mais de dois meses. “Ele é um bom rapaz, tratava-a bem”, contou o pai. Ele alegou não saber de nada que pudesse resultar na morte da filha ou dos rapazes. “Pode ser que o assassino queria matar um deles, mas infelizmente, ele tirou a vida de uma inocente”. O crime será investigado pela delegacia do Alto Maracanã, que deverá ouvir o sobrevivente e principal testemunha.

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Mortes

Na mesma residência, em 19 de maio, Edenilson Fragoso, 42, pai de Gustavo e Guilherme, foi assassinado a facadas pela filha, que defendeu a mãe, frequentemente agredida por ele. Para os moradores da Rua Londrina, no Jardim Paloma, em Colombo, a casa número 123, é amaldiçoada. Em menos de um mês, três pessoas foram assassinadas lá.

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O aposentado José Francisco da Silva, disse que mora nas proximidades e ficou horrorizado quando ficou sabendo que a adolescente havia matado o pai a facadas no mês passado. “Foi muito difícil imaginar como ficaria essa família, marcada pela violência. Agora acontece novamente uma tragédia. Isso só pode ser maldição”, comentou.