A polícia indiciou mais uma médica no inquérito que apura os homicídios dentro da UTI geral do Hospital Evangélico. Krissia Kamile Singer Walback estava de férias nos Estados Unidos e se apresentou à polícia na segunda-feira (04). Ela aparece nos áudios gravados por investigadores da Polícia Civil e foi convocada a depor pelo Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa), mas não ficou presa.
A polícia alegou que como o inquérito foi concluído e protocolado na Vara de Inquéritos Penais do Ministério Público do Paraná, a liberdade de Krissia não poderia oferecer risco às investigações.
De acordo com a defesa da médica, ela não trabalhava no hospital quando ocorreram as mortes investigadas pelo inquérito policial. O advogado Jorge Timi, que representa a médica, também informou que ela ainda não prestou nenhuma informação à polícia e que só irá se pronunciar depois de ter acesso a uma cópia do inquérito.
Além de Krissia, foram indiciados a médica Virginia Helena Soares de Souza (foto), que chefiava a UTI, Maria Israela Cortez Boccato, Edison Anselmo da Silva Junior e Anderson de Freitas, além da enfermeira Lais da Rosa Groff. Os cinco estão presos e aguardam o julgamento do pedido de habeas corpus, feito pelas defesas ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
“Todos os seis foram indiciados por homicídio qualificado, na lei de crimes hediondos, e formação de quadrilha. Realmente existia uma quadrilha dentro do Hospital Evangélico que vitimava as pessoas que estavam lá internadas”, declarou o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinicius Michelotto. Com o inquérito em mãos, o MP-PR tem o prazo de até a próxima segunda-feira para decidir se oferece denúncia à Justiça.