Alcoolizado, homem permanece ao lado do corpo, lamentando a vîolência. |
No caminho para buscar a mulher no colégio, João Ubiratã Domingues, 43 anos, foi assassinado com três tiros, no meio da Rua Tereziano Esteves da Silva, Jardim Holandês, em Piraquara, às 21h40 de sexta-feira. Maria Isabel, 37, iria encontrá-lo no trajeto, mas moradores disseram que evitasse aquela rua, pois havia um tiroteio. Soube que a vítima dos tiros tinha sido seu amásio quando chegou em casa, a três quadras de onde estava o corpo.
A família não desconfia o motivo pelo qual João foi morto, muito menos quem teria atirado nele. Aos soldados Natalino e Galkowski, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, nenhum morador próximo quis informar algo que orientasse a investigação do caso. Porém, o crime surpreendeu àqueles que conheciam João. Ele trabalhava em uma empresa de colocação de papel de parede, gesso e outros revestimentos internos. “A gente via ele descer do ônibus, passar no mercado e ir para casa. Sempre cumprimentava com um aceno com a cabeça”, comentou um homem que mora próximo ao local onde ocorreu o assassinato.
João foi baleado no peito, nas costas e no pescoço, de acordo com avaliação preliminar do perito Victório, da Polícia Científica. Um morador contou que foi surpreendido pelo som de quatro disparos seguidos. “Acho que era uma pistola”, comentou. Porém, a arma usada só poderá ser determinada depois dos exames complementares no IML.
Vida
O trabalhador sustentava os filhos de 10 e 6 anos, que tinha com Maria Isabel, e pagava pensão para Rafael, 17, filho de outro casamento. Segundo comentado pela mulher, João não se metia em confusão e há um ano parara de beber e freqüentar bares.
José Galdino, 59 anos, morador há 15 no Jardim Holandês, reclamava da falta de segurança e era apoiado por outras pessoas que se juntaram em torno ao corpo. “Quando escurece não podemos sair de casa”, completou uma mulher.