Mais duas vítimas de trem

Os trens fizeram mais duas vítimas na manhã de ontem. A primeira, em Piraquara, às 5h30, na linha férrea que corta a Rua Getúlio Vargas, no centro. Mauro Pinheiro, 26 anos, morador na região, ia trabalhar e viu o trem parado na estação. Para adiantar alguns minutos no seu trajeto, resolveu passar entre um vagão e outro. Nesse momento a locomotiva começou a se mover, Mauro perdeu o equilíbrio e caiu com as duas pernas embaixo das rodas do trem. Ele foi atendido pelos socorristas do Siate e encaminhado ao hospital, mas no caminho já havia recebido a notícia que teria as duas pernas amputadas. Ele continua internado em estado grave.

Mais um

O outro caso aconteceu na Vila Osternack, próximo a trincheira da Rua Tijucas do Sul, no Sítio Cercado, às 8h. Um homem não identificado foi atropelado e morto pelo trem que vinha do norte do Estado, sentido litoral, carregado de grãos.

Segundo a dona de casa Maria Aparecida Nascimento Silva, moradora nas proximidades da linha férrea, ela viu um vulto, mas não soube identificar quem seria o homem, pois a neblina cobria a região naquele horário. Outras pessoas disseram que a vítima era conhecida como Carlos, mas como o rosto ficou desfigurado, não confirmaram a informação.

Outra moradora, a enfermeira Vera Lucia Santos disse que é impossível não perceber a aproximação do trem. ?Eu moro aqui há mais de 12 anos e lá da minha casa, que fica a mais de 500 metros, eu consigo escutar o trem chegando. As pessoas que ficam nos trilhos geralmente estão alcoolizadas ou drogadas, acho que por esse motivo é que acontecem tantos acidentes?, explicou Vera.

Uma mulher, que não quis se identificar, disse que o maquinista – sempre que vê alguém caído nos trilhos -, pára o trem, tira a pessoa do caminho e depois segue o trajeto. ?Acho que por causa da neblina ele não viu o homem nos trilhos e aconteceu o acidente?, disse a mulher.

Mecânico

A algumas quadras de onde o homem foi morto, na quarta-feira passada, o mecânico aposentado da Polícia Civil, Pedro Secchis Pinheiro, 46 anos, foi encontrado morto às 22h25 ao lado do trilho, no final da Rua Agenor Antônio Rodrigues.

O departamento de comunicação da América Latina Logística – ALL conversou com a família que declarou que Pedro tinha problemas mentais e era alcoólatra.

A empresa informou que, nos casos de acidente envolvendo trem, é aberta uma sindicância para apurar os fatos, mas nos casos em que os familiares e demais testemunhas confirmam a imprudência das vítimas, não é tomada nenhuma atitude oficial.

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