O eletricista Marcelo Loth, 27 anos, foi encontrado morto no início da manhã de ontem, num terreno baldio no final da Rua Linhares, Jardim Tropical, em Piraquara.
Moradores da região ouviram tiros por volta de 2h30 e, quando saíram de casa, por volta das 8h, encontraram o rapaz, que, de acordo com a perícia, foi executado com quatro tiros, dois na nuca e dois na cabeça.
Adilson, irmão da vítima, contou que Marcelo saiu de casa na noite de domingo e logo em seguida voltou para pegar um aparelho de DVD, provavelmente para trocar por droga. Ele deixou a residência novamente e não voltou mais.
“De manhã, quando eu saía para trabalhar, notei algumas manchas de sangue na frente de casa. Ele deve ter sido agredido e voltou para pegar o DVD. Mesmo pagando a dívida, parece que não estava de bom tamanho”, lamentou.
Drama
O parente relatou o drama da família durante os últimos dez anos, quando Marcelo começou a usar crack e ficar violento. “Ele ficou internado cinco vezes, mas não teve solução. Depois de passar um mês internado, ficava são e dizia que tinha que ir trabalhar.
Ele nunca seguia os conselhos”, contou Adilson, que chegou a ir até a delegacia para registrar boletim de ocorrência contra o irmão. “Ele ficava alucinado e batia no pai e na mãe. Até os ameaça de morte. Quando ficava assim, eu tinha que algemá-lo até que o efeito da droga passasse. O sofrimento maior é dos meus pais”.
Policiais militares do 17.º Batalhão da PM estiveram no local, mas não conseguiram levantar pistas sobre os suspeitos do crime, que será investigado pela delegacia de Piraquara.
Mais um usuário é assassinado
Outro usuário de droga que perdeu a vida na madrugada de ontem foi o pedreiro Cleverson Ricardo Pereira dos Santos, 26 anos, assassinado a tiros na Rua Filósofo Huberto Rohden, no Sítio Cercado por volta da 1h.
Segundo informações da Delegacia de Homicídios, populares comentaram que os assassinos estavam num Palio, cujas placas não foram identificadas. Familiares da vítima contaram que o rapaz era usuário de droga e só passava em casa para tomar banho.
Hipóteses
A polícia tem três linhas de investigações para o crime. Uma delas se refere a uma negociação malsucedida referente a um Voyage vendido por Cleverson. A polícia recebeu a informação que o comprador não pagou pelo carro e Cleverson possivelmente foi morto ao cobrar a dívida.
“Além disso, pode ser também crime passional, porque ele tinha um relacionamento conturbado, ou até mesmo dívida com traficante”, informou Ediu Fernandes, superintendente da Delegacia de Homicídios.