Cinco investigadores da Delegacia de Homicídios foram afastados preventivamente de suas funções e estão à disposição da Divisão de Investigação Criminal (DIC). O afastamento ocorreu até que seja devidamente averiguada a participação ou não dos citados no crime de concussão (extorsão realizada por funcionário público). Sob essa acusação, na última sexta-feira, foram presos o delegado-titular da DH, Stélio Machado, o superintendente Paulo Roberto Knupp e o investigador Edmilson Polchlopek. As prisões foram efetuadas por promotores da PIC (Promotoria de Investigação Criminal) que monitoraram ligações telefônicas.
Os nomes dos investigadores afastados preventivamente foram citados em depoimento, prestado por um dos policiais detidos, de acordo com informações da assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública. Entretanto, até o momento, não há nenhuma evidência que os incrimine. “Até que os fatos sejam esclarecidos, eles foram afastados da DH, mas podem ser designados para outras delegacias”, informou o delegado-geral adjunto, Edson de Faria Pilatti.
De acordo com o delegado, os cinco investigadores participaram da prisão de Naboru Kamura Júnior, 27 anos, o “Japonês”, fato que determinou a investigação sobre o crime de concussão. “Está sendo investigado se eles participaram do crime ou se apenas cumpriram ordens e levaram o detido à delegacia”, explicou Pilatti.
Presos
Os três policiais presos também serão ouvidos em processo administrativo e, caso sejam considerados culpados, a punição varia desde uma simples advertência até demissão.
A acusação de extorsão que motivou toda a investigação partiu de “Japonês”- foragido da cadeia de Londrina e da esposa dele. O casal acusou policiais de tentar extorqui-los entre R$ 20 a 30 mil, alegando que o casal estava com um jet ski e um motor de barco roubados.
