Mais acusações contra “baronesa do sexo”

“A Mirlei explorava garotas de programa e todos os empregados dela. Acusava as pessoas de furto injustamente e ainda ameaçava colocá-las na cadeia, vangloriando-se que era amiga de políticos e policiais. Agora ela está no lugar que merece”. O desabafo é de J.S., ex-empregada doméstica de Mirlei de Oliveira, mais conhecida como a “baronesa do sexo”, 47 anos, presa por extorsão e lenocínio. “Ela não é louca. É prevalecida”, completa a mulher.

J.S. disse que conhece Mirlei há seis anos e trabalhou duas vezes para ela por um período aproximado de um ano. “É mentira que a Mirlei pagava para as meninas sair com os amigos importantes dela. Ela obrigava todas a tratarem bem os delegados, políticos e até juízes porque ela tinha que pagar favores, mas as meninas não ganhavam nada”, salientou. A jovem, que hoje mora nos Estados Unidos, sofreu muito na casa de Mirlei, que a obrigava a trabalhar mesmo quando estava doente. “Já vi muitas meninas saírem da chácara sem nada. Trabalhavam 15 dias, faziam vários programas e depois a Mirlei dizia que elas não tinham nada para receber. Se as meninas queriam ir embora, ela tomava roupas e celulares. Algumas não tinham nem o dinheiro da passagem para irem embora. Foram poucas garotas que se deram bem com a Mirlei. Ela dizia que mandava na polícia do Paraná porque era uma pessoa influente. Todos tinham medo dela. Vi até clientes saírem de lá tocados e pagar pelo que nem consumiram”, revelou J.S.

Patroa má

De acordo com J.S. o tratamento de Mirlei com os empregados domésticos da casa era péssimo. “Muitas pessoas que moravam na região da chácara trabalharam de graça para ela. A Mirlei perdia roupas em hotéis e depois dizia que tínhamos roubado.

Descontava do salário. Se alguém reclamasse, ela mandava os amigos policiais dela para cobrar e ameaçava prender”, denunciou a doméstica. Ela disse que durante o tempo que trabalhou para Mirlei viu vários políticos, policiais e até juízes freqüentando a chácara de Mirlei. “Agora ela acusa todo mundo. Mas este delegado (Silvan Rodney Pereira) que prendeu a Mirlei nunca vi na chácara”, comentou a mulher, que prometeu procurar o delegado Silvan, do 1.º Distrito Policial (centro), responsável pelas investigações, para revelar outros detalhes da vida da cafetina, de forma a reforçar todas as denúncias que estão sendo feitas contra a “baronesa do sexo”.

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