Mais 12 testemunhas falam dos crimes em Tamandaré

Mais 12 testemunhas de acusação deverão ser ouvidas a partir de hoje, no Fórum de Almirante Tamandaré, no rumoroso caso envolvendo policiais civis e militares, acusados de formação de quadrilha para tráfico de drogas, roubos, falsificação de dinheiro, e também apontados como responsáveis por uma série de assassinatos na região, principalmente de mulheres. A movimentação deverá ser grande no Fórum, inclusive com reforço da segurança, uma vez que os 17 acusados deverão estar presentes nas audiências. No entanto, se alguma testemunha se negar a depor na presença deles, o grupo poderá ser retirado da sala e permanecerá na delegacia local.

Até meados do mês passado 18 testemunhas já tinham sido ouvidas pelo juiz substituto Marcel Guimarães Rotoli de Macedo, em demorados depoimentos, que obrigaram o magistrado a agendar novas datas para dar continuidade ao processo. Somente após serem ouvidos todos os acusadores, é que começarão a ser ouvidas as testemunhas de defesa. Como cada réu tem direito a pelo menos oito testemunhas a seu favor, é possível que sejam arroladas mais de 100 pessoas para a segunda etapa dos trabalhos.

Estão previstos para hoje os interrogatórios de Márcio da Silva, Silvio Franco, Antônio Sérgio Camargo, Ana Angélica Carvilia e Joseane Iracema do Nascimento.

Confusão

Para quarta-feira estão previstas tomadas de depoimentos em dois locais diferentes. Quatro testemunhas – Maria Esteves, Luciano Costa, Jairo Correia e Daniel Miranda Júnior – serão ouvidas no Fórum de Tamandaré. Outras seis – Nilma Rocha, Nelson Rasera, Jovino da Cruz, Cleonice Lemes, Pedro Newsted, e Marcos da Rosa – foram intimadas para comparecer na Vara de Precatórias Criminais, em Curitiba. Este fato está gerando insatisfação aos advogados de defesa, que já se mobilizam para pedir ao juiz que transfira uma das audiências para outra data, já que eles comparecem a todas as sessões e não têm como estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Os advogados também ficaram irritados na semana passada, quando uma das testemunhas de acusação – Vânia de Souza Lima – foi levada para ser ouvida pelo juiz Fernando Andriolli Pereira, em Antonina. A princípio, de acordo com os defensores, esta testemunha não tinha sido encontrada para depor, mas acabou sendo levada para o Fórum de outra cidade, pela delegada Vanessa Alice, que presidiu o inquérito na fase policial do caso. Algumas testemunhas estão sob proteção policial, pois temem pela própria vida, e só podem ser intimadas através da delegada, única pessoa a saber do paradeiro delas. “Isso torna o processo suspeito”, criticou Osmann de Oliveira, advogado de um dos réus.

Acusados

Estão presos há mais de dois meses – por força de uma extensa denúncia formulada pelo Ministério Público com base no inquérito policial montado pela delegada Vanessa Alice -, os policiais militares Juliano Vidal Oliveira, Jean Adan Grott, Juarez Silvestre Vieira, Jeferson Martins, José Aparecido de Souza, Marcos Marcelo Sobieck, Leily Pereira; o ex-PM Valdirio Adir Mangger; o escrivão da Polícia Civil Alexander Perin Pimenta; o funcionário municipal que prestava serviços na delegacia Luiz Antônio da Silva; e ainda Sebastião Alves do Prado, Celso Luiz Moreira, André Luiz dos Santos, Paulo Celso Rodrigues, Antônio Martins Vidal, Ananias de Oliveira Camargo, e Maria Rosana de Oliveira. Alguns pedidos de habeas-corpus já foram formulados em favor de alguns dos réus, porém o juiz ainda os está analisando.

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