Átila Alberti
Suspeitos estão recolhidos
no Alto Maracanã.

Mais três indivíduos acusados de envolvimento no latrocínio (roubo com morte) que vitimou o policial militar Rodinei Herreira Witzel, 39 anos, acontecido no último dia 19 de agosto, foram presos. Jorge Silva de Jesus, 40 anos; Edvaldo da Silva, mais conhecido como "Monstro", 30; e Valdir Gomes Fonseca, 34, juraram que são inocentes, mas não convenceram o delegado José Mário Franco, da DP do Alto Maracanã, que havia pedido a prisão preventiva do trio.

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As investigações apuraram que Valdir comprou um Fiat Marea, em um leilão em Osasco (SP), sem o motor e faltando algumas peças. "Ele é dono de uma loja de carros em Pinhais e trouxe o veículo de lá para cá. Depois pediu para Edvaldo, que tem uma oficina ao lado de seu estabelecimento, arrumar um motor e peças para o veículo", contou o delegado. Segundo José Mário, Edvaldo conversou sobre o assunto com Jorge, que tem um ferro-velho ao lado de sua oficina. Por sua vez, Jorge teria falado com o irmão Marcos de Jesus Silva, 24 (preso no último dia 22), que contratou Robson Aurélio Pessoa, 20; Alessandro Silva Lemes, 18; Rogério da Silva, 24; e Nivaldo Silva de Jesus, 38, para praticarem o roubo. "Eles não mataram o policial só porque ele reagiu e atirou contra o joelho de Robson. O Alessandro efetuou oito tiros porque o PM os conhecia e estava investigando os crimes praticados por eles", disse o superintendente Valdir Bicudo.

Adulteração

De posse de mandados de buscas solicitados à Justiça pelo delegado Gerson Machado, de Pinhais, os policias estiveram ontem na loja de Valdir, onde foram encontrados 53 carros e dez motocicletas, sendo a maioria com placas de outros estados, como Piauí, São Paulo e Rio de Janeiro. "Checamos 35 das 5h até a tarde de hoje (ontem) e quatro deles apresentaram problemas", informou Bicudo. Alguns dos veículos não possuem documentação.

O delegado ressaltou que quadrilheiros compram carros sinistrados em leilões somente para aproveitar a documentação. Depois contratam pessoas para roubar e furtar veículos semelhantes e montam o carro ilícito com o chassi e a documentação do carro sinistrado. Em seguida, recolocam o carro no mercado. "É uma máfia. Deveria ser proibido este tipo de leilão", sugere José Mário.

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