Pinhais

Máfia manda recado para dono de posto que não seguiu “alta coletiva”

O dono de um posto de combustíveis, em Pinhais, optou por não elevar os preços e sofreu suposta retaliação, na madrugada de ontem. Quando chegaram para trabalhar, por volta das 7h, os funcionários encontraram o estabelecimento crivado de balas, na Rua Clóvis Bevilaqua, Vargem Grande. Por sorte não havia ninguém no local na hora do atentado.

Mais de 20 cápsulas deflagradas de pistola calibre 9 milímetros foram apreendidas pela Polícia Militar e entregues ao Instituto de Criminalística, que periciou o local no início da tarde. Os tiros atingiram as bombas, lixeiras, o vidro do setor administrativo e romperam mangueiras. Um dos disparos perfurou o para-brisas do carro de uma empresa de segurança, estacionado no pátio do posto.

Imagens

As imagens do circuito interno de segurança mostram, às 2h, um carro branco passar na frente do posto e alguém de dentro do veículo efetuar os disparos. O carro sai devagar e minutos depois retorna na direção contrária, ainda em baixa velocidade. As imagens foram entregues ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público e que, pela Promotoria do Consumidor, investigava a alta repentina dos preços.

Funcionários relataram que o proprietário recebeu ameaças por telefone, quando a maioria dos postos subiu para quase R$ 2,90 o litro de gasolina, enquanto ele decidiu mantê-lo em R$ 2,59. O gerente do posto informou que, normalmente, o preço só sobe quando o valor vem mais alto da distribuidora. Mesmo após o ataque, o posto manterá o preço baixo. Leia mais sobre a situação dos postos na página 4.

Veja a galeria de fotos do atentado.

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