A mãe de uma menina de 10 anos entrou em contato com o Paraná Online para contar que a filha foi uma das vítimas do professor de informática de uma escola, no Abranches, em Curitiba.

continua após a publicidade

De acordo com ela, a garota disse que o educador pedia aos meninos para que se sentassem na parte da frente da sala e, com isso, ficar mais “à vontade” para molestar as alunas. Ele é suspeito de ter violentado pelo menos 15 meninas, com idades entre 10 e 13 anos.

“A minha filha chegou um dia em casa e disse que precisava conversar comigo e com o pai dela. Ela relatou que o professor de informática se abaixava perto, para tirar dúvidas e passava a mão nas partes íntimas dela.” A garota também contou à mãe que as meninas “mais bonitas”, quando pediam para ir ao banheiro, o educador se oferecia para ir junto.

Envergonhada com a situação, a garota afirmou não querer comentar mais o que passou com ninguém, além dos pais, por isso a mãe ainda não registrou a denúncia no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria).

continua após a publicidade

A delegada-operacional da unidade especializada, Sabrina Barreiros Alexandria, acredita que existam outros casos, como este, que não foram denunciados, além de outros que a família sequer sabe que a criança foi violentada.

Diálogo aberto

continua após a publicidade

Sabrina orienta aos pais para que conversem com as filhas, explique o que é sexo, que tipo de conduta é considerado errado. “Muitas vezes, as crianças sequer sabem se aquilo que o adulto está fazendo com ela é certo ou não. Por isso é importante ter um diálogo aberto”, comenta.

Por questões de segurança das crianças, a delegada não revela o nome da escola, mas ela pede aos pais que têm filhas matriculadas em algum centro de educação infantil no Abranches, para que conversem com elas e tentem descobrir se foram violentadas ou não pelo professor suspeito.

Denúncias

As denúncias podem ser registradas pessoalmente no Nucria, de segunda a sexta-feira, das 8h30, às 18 h. Na Rua Hermes Fontes, 315, no Batel. O telefone é o 3270-3370. É necessária a presença do pai, mãe ou responsável legal pela criança. A vítima também precisa estar presente. A delegada lembra que há uma equipe especializada no local para atendê-las, sem causar mais constrangimentos.