Valdirene Bueno, suspeita de jogar álcool e atear fogo no corpo da filha de 5 anos, em Londrina, no norte do Estado, está foragida. O crime ocorreu no início do mês e foi denunciado à polícia pelo Conselho Tutelar da cidade.

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A criança prossegue internada em estado grave no Hospital Universitário. A mulher já tem histórico de violência e perdeu a guarda de uma outra filha, de nove anos, por ter quebrado os dedos da mão da criança com um martelo.

Segundo Elaine Aparecida Ribeiro, delegada da Delegacia da Mulher, até o final da semana ela espera ouvir a menina de 5 anos, assim que ela saia do hospital. Valdirene foi ao Conselho Tutelar prestar declarações sobre o caso há cerca de quinze dias e, desde então, seus familiares não sabem de seu paradeiro.

A delegada disse que se os fatos forem comprovados, ela será indiciada por tentativa de homicídio e agravantes baseados no Estatuto do Criança e Adolescente (ECA), como maus tratos e abandono de menor. Se for a júri popular e condenada, pode pegar de 15 a 20 anos de prisão.

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Ontem a delegada ouviu parentes de Valdirene, que informaram que não sabiam que as crianças eram maltratadas. A delegada também pretende ouvir a irmã de três anos da menina que sofreu as agressões. Aos membros do Conselho Tutelar ela narrou com detalhes a experiência vivida.

Ela contou às conselheiras que no dia em que a mãe ateou fogo na irmã, as duas brincavam de esconde-esconde e usavam a geladeira como esconderijo. A mãe teria exigido que parassem, mas como não fizeram, Valdirene teria ateado fogo na filha. Elas moravam no Jardim São Marcos, zona sul da cidade, e a casa delas foi apedrejada pela vizinhança.

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