Dormindo com o inimigo

Mãe e filha podem ter mandado matar o próprio pai

Mãe e filha, de 46 e 17 anos, foram as mandantes do assassinato do marido e pai, um vigia de 55 anos, morto com um tiro de espingarda calibre 12 no rosto, em 18 de novembro, em Campina Grande do Sul. Esta foi a conclusão das investigações da delegacia local, que botou na cadeia o suspeito de ter executado o crime, Maicon Soares da Silva, o “Grilo”, 22 anos. A garota, na delegacia, disse que tramou tudo porque seu pai era muito rígido e não a deixava sair de casa.

De acordo com a polícia, Maicon confirmou que mãe e filha foram as mandantes e disse que elas não lhe pagaram o combinado: cinco gramas (cerca de 15 pedras) de crack e R$ 500. O assassinato ocorreu na Rua Professor Duílio Calderari, no Jardim Paulista, quando o vigia voltava para casa. Desde este dia, mãe e filha já eram suspeitas do crime, mas negavam tudo.

Acareações

De acordo com o delegado Gerson Machado, passados quatro dias, o outro filho do vigia, um rapaz de 22 anos, denunciou as duas à polícia. Mesmo com a acareação entre os irmãos e a mãe, elas continuaram a negar o crime. A polícia continuou a investigação e, em fevereiro, conseguiu um mandado de prisão temporária contra Maicon. Preso, na quarta-feira, ele confirmou o crime. A mulher foi detida na cidade e a adolescente, no balneário Pequere, em Matinhos.

A adolescente tentou inocentar a mãe, mas de acordo com Machado, há indícios suficientes de que a mulher participou de tudo. Na acareação entre os três suspeitos, o atirador reafirmou que mãe e filha o contrataram para matar o vigia. Maicon já tem passagem por furto, é usuário de drogas e, segundo informações obtidas pela polícia, vinha causando problemas para os moradores do Jardim Paulista, onde mora.

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