Acusada de prostituir e drogar a própria filha, de apenas 8 anos de idade, a traficante identificada como Dizimara, 27, foi presa e autuada em flagrante, ontem à tarde, na Delegacia da Mulher de Maringá. A criança foi ouvida pela delegada Elza da Silva e seu depoimento arrancou lágrimas de quem estava por perto. A garotinha não só confirmou estar atualmente sendo vítima de abuso sexual, mas também contou que desde os 4 anos de idade era obrigada a consumir drogas e fazer sexo com clientes arrumados pela mãe, quando ainda morava em São Paulo. Diante das evidências, foram decretadas as prisões temporárias – por 30 dias – de Dizimara e de seu irmão, Edimar, 23, que morava no mesmo apartamento que ela, no centro de Maringá.
Denúncia
A denúncia contra a mulher partiu do ex-marido e pai da menina. Há alguns dias ele procurou a Delegacia da Mulher e contou o que estava acontecendo. Desde então, a delegada realizou uma série de investigações, confirmando que Dizimara estava envolvida com prostituição e comércio de entorpecentes. A acusada é dona de uma agência de mulheres, que atendem à domicílio e possui até página na Internet, para oferecer seus “serviços”.
Munidos de mandado de busca e apreensão, policiais entraram no apartamento de Dizimara, na tarde de ontem, e encontraram cartões de visita, agendas e 10 gramas de cocaína. Imediatamente detiveram a acusada e seu irmão.
Defesa
Para se defender, Dizimara negou ter envolvido a filha em seus “negócios”. Ela garante que nunca obrigou a menina a fazer sexo, nem lhe deu qualquer tipo de droga. Segundo ela, o ex-marido teria feito a denúncia para se vingar, pois pretendia retomar o relacionamento rompido há anos. No entanto, o denunciante está casado com outra mulher e garante que não quer mais nenhum tipo de contato com Dizimara. O que realmente fortaleceu a denúncia do pai e culminou na decretação das prisões da mãe e do tio foi o depoimento da menina. Ela revelou detalhes sobre o que era obrigada a fazer por ordem da mãe e disse que usava cocaína, crack e maconha desde que tinha 4 anos de idade. A criança foi encaminhada para o setor de assistência social e deverá, a partir de agora, receber atendimento psicoterapêutico e de saúde. Outras investigações estão sendo realizadas pela Delegacia da Mulher para descobrir se outras menores também foram arregimentadas pela acusada.