Anderson Tozato / GPP

Clodoaldo Carneiro saiu para encontrar uma menina. Foi achado morto
perto do Rio Barigüi.

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Seis homicídios foram registrados em Curitiba entre a noite de sexta-feira e a madrugada de ontem. Com exceção de um deles, executado com requintes de crueldade, no Cajuru, os outros foram cometidos a tiros. Por enquanto, nenhum dos assassinos foi identificado pela polícia. Ciúme e drogas são as principais hipóteses para os assassinatos.

 O corpo de Clodoaldo Bibiano Carneiro, 17 anos, foi identificado por sua família, no fim da noite de sexta-feira. O garoto saiu de casa, na Rua Dante Melara, Cajuru, dizendo que se encontraria com uma menina, no Campina do Siqueira, do outro lado da cidade. Por volta das 19h, ele tinha sido encontrado morto no fim da Rua Tito Calderari, Conjunto Olaria, próximo à ponte para pedestres sobre o Rio Barigüi, que liga o bairro à favela Bom Menino, no Mossunguê.

Conforme o padrasto da vítima relatou ao investigador Maurício, da Delegacia de Homicídios, Clodoaldo teria envolvimento com drogas. Uma testemunha relatou que o jovem foi chamado do outro lado da ponte. Ao atravessá-la, o rapaz teria sido surrado por quatro pessoas e baleado com dois tiros. Os assassinos tentaram jogar o corpo no rio, mas desistiram e deixaram a vítima no topo do barranco. Um Corsa preto foi visto saindo do local.

Pouco mais tarde, às 20h20, Atílio Siqueira, 55 anos, o "Paulista", chegava em casa com um tiro nas costas. Ele entrou em seu barraco no fim da Rua Visconde do Abaeté, Bairro Alto, e caiu morto junto à sua cama. Aos investigadores da DH, vizinhos disseram apenas ter visto o homem chegar cambaleando. Porém, no mesmo horário, a poucas quadras da casa de Atílio, um garoto, de 16 anos, foi baleado no peito e levado pelo Siate ao Hospital Cajuru. Ainda não se sabe se os crimes têm relação entre si.

Madrugada

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No início da madrugada, outro homicídio na capital, no Sítio Cercado, Vila Sambaqui, Rua 14. Na casa que estava prestes a concluir, Divonsir Fernandes, 24 anos, foi morto com dois tiros no rosto, um deles acima do nariz e outro no olho. Sobre a mesa da cozinha, os investigadores Edson e Alexandro, da DH, encontraram duas garrafas de cerveja, uma jarra com restos de vinho e dois copos. Acredita-se que a vítima tenha bebido com seu assassino. Divonsir morava sozinho e iria buscar sua mulher, grávida, para morar com ele, nos próximos dias. Na Vila Autódromo, Cajuru, a crueldade como um desconhecido foi morto impressionou a polícia. "Eles pegaram um pedaço de meio-fio e esmagaram a cabeça da vítima", comentou o investigador Castro. Próximo ao corpo, foram encontrados pedaços de tijolos sujos de sangue. O homem, de aproximadamente 30 anos, era moreno claro, tinha 1,60 m e 70 kg, e estava vestido com camiseta amarela, moletom cinza, macacão jeans e botinas pretas. O corpo foi levado ao IML, onde aguarda identificação oficial.

Dança

Em uma casa da Rua Leopoldo Lesniowski, Vila Barigüi, CIC, lugar de várias festas de amigos, Jean Jefferson Rodrigues, 23 anos, foi morto com um tiro no rosto. Segundo informado a policiais militares do 13.º Batalhão, o rapaz tentava ensinar alguns passos de dança à namorada de outro homem. As "aulas" não agradaram ao companheiro da moça, que terminou com a festa às 5h30. Ninguém disse quem atirou.

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Também no fim da madrugada, um rapaz morreu devido a um tiro no peito. Ele foi levado ao Hospital do Trabalhador, da favela do Papelão, Capão Raso, mas não resistiu. O desconhecido é moreno claro, tem cerca de 1,70 m, uma tatuagem na perna direita e uma cicatriz na barriga. O corpo permanece sem identificação.