Átila Alberti |
Meg foi indiciada. |
Suspeita de ter matado seu enteado, Nikson de Freitas, de 1 ano e nove meses, Meg dos Santos, 18 anos, foi interrogada na tarde de ontem e indiciada em inquérito policial por homicídio, pelo delegado Paulo Silveira, titular da delegacia de São José dos Pinhais. A mãe do garotinho, Eliane de Freitas, 28, acusa a madrasta de assassinar seu filho. Já o pai da criança, José Leonildo Veloso, 28, não acredita que a mulher cometeu o crime. Meg alega ser inocente e que gostava de Nikson.
O delegado disse que aguarda o laudo do Instituto Médico-Legal para decidir se irá ou não solicitar a prisão preventiva de Meg. ?Vamos ouvir mais pessoas?, disse. Ele explicou que a mulher foi interrogada e indiciada porque era a pessoa que tinha acesso à criança. No atestado de óbito de Nikson consta que a causa da morte foi hemorragia devido ao rompimento do baço, provavelmente causado por uma pancada ou um chute. A criança ainda apresentava lesões nas costas, nas pernas e na cabeça.
Acusação
Meg contou que foi lavar roupas, enquanto Nikson brincava com outras crianças. Foi quando ele vomitou pela segunda vez naquele dia. ?Levei-o ao banheiro. Ele teve convulsão, me apavorei e acabei derrubando o ?Nik? no chão. Fiz tudo o que pude, respiração boca-a-boca, pressão no coração. Levamos ele no posto médico, mas não teve jeito.? José Leonildo acredita que a mulher é inocente. ?Ela cuidava dele como se fosse filho dela.?
Eliane acredita que foi a madrasta que tirou a vida do garoto. ?Acho que ela tinha ciúmes, porque o pai gostava muito do filho e ela não pode ter filhos?, alega Eliane, que é mãe de outras três crianças, de pais diferentes, sendo a mais nova de onze meses. ?Na semana passada, vi o Nikson e ele estava com o pescoço arranhado. Ele não gostava de ficar no colo dela, acho que porque era maltratado?, acusou. ?Quero justiça e essa mulher na cadeia.?
Meg contou que concordou em trazer Nikson de Pitanga para morar em sua casa e começar o tratamento de alergia e anemia. ?Levantava às 4h para conseguir uma consulta para o garoto. Era como se fosse meu filho?, desabafou.