Lotéricas são alvos preferenciais de bandidos

O assalto a uma lotérica no Santa Cândida, que terminou com uma pessoa baleada no final da tarde de terça-feira, dia 26 – Dia do Lotérico, mostra que assaltantes não se intimidam com câmeras de segurança, instaladas em boa parte dos estabelecimentos.

O dono da lotérica Roberto Minol Abiko, 53 anos, teve R$ 1.200 roubados do caixa por três bandidos que invadiram o estabelecimento. Outro assaltante deu cobertura do lado de fora.

O assalto foi filmado, mas as imagens não foram solicitadas pela Delegacia de Furtos e Roubos, segundo Roberto. Durante a fuga, os bandidos dispensaram parte do dinheiro roubado, que foi apreendido pela Polícia Militar. No entanto, Roberto afirmou que a quantia ainda não chegou a suas mãos.

Desde que a lotérica começou a funcionar, há oito anos, ele disse já ter sido assaltado mais de dez vezes. “Em dezembro do ano passado, o policial atirou no bandido”, lembrou.

Após o assalto, o proprietário de uma loja de materiais elétricos, em frente à lotérica, correu armado atrás dos bandidos, mas foi baleado por um policial militar, ao ser confundido com assaltante.

A vítima, identificada como Alício Martins Brás, foi encaminhada para o Hospital Angelina Caron. Conforme o hospital, ele deixou ontem a unidade de terapia intensiva e não corre risco de morte.

Números

Nem o Sinlopar (Sindicato dos Empresários Lotéricos do Paraná) nem a Secretaria da Segurança Pública têm estatísticas de assaltos a lotéricas. Para o delegado Luiz Carlos de Oliveira, titular da DFR, por funcionarem como banco e receberem pagamentos de contas, além do dinheiro de jogos, as lotéricas são alvo da ação de marginais.

João Miguel Turcatto, presidente do Sinlopar, lembrou que existe um projeto de lei, de abril deste ano, na Câmara dos Veradores que obriga casas lotéricas a instalarem portas giratórias na entrada.

Ele informou que um acordo firmado em novembro do ano passado, com a Caixa Econômica Federal, prevê repasse mensal aos lotéricos para investimentos em proteção.