A Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam) autuou, na quinta-feira (03), o dono da empresa Blindagem Curitiba, localizada na Rua Deputado Nilson Ribas, no Campina do Siqueira, pelo crime de fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva.
O homem foi conduzido até a delegacia, assinou termo circunstanciado, e foi liberado para responder o processo em liberdade. Segundo o delegado titular da Deam, Alfredo Dib Júnior, a empresa de blindagem divulgava serviços que não poderiam ser prestados pelo youtube e em panfletos.
“Ele não tinha autorização nem certificação da Deam ou do Exército para fazer blindagem. Fizemos a verificação e descobrimos que o produto que ele tinha não era blindagem”, contou o delegado.
Na divulgação dos seus serviços, a empresa dizia que a blindagem era contra várias armas, inclusive algumas que não existem ou deixaram de ser fabricadas. “Eles faziam anúncios dizendo que blindavam contra um fuzil Fal 662, mas essa arma nem existe. O que existe é o Fal 762. Eles prometia blindar os carros contra tiro de fuzil Garand, mas essa arma nem existe mais. Foi muito utilizada durante a 2.ª Guerra Mundial”, contou o delegado.
No Brasil, o máximo de blindagem existente hoje no mercado é a de nível 3-A. Todavia, a empresa prometia blindagens superiores, dos níveis 3 e 4, que são de uso restrito. “A blindagem 4 é utilizada mais em protótipos”, contou Dib.
A delegada titular da Delegacia do Consumidor (Delcom), Daniela Correa Antunes Andrade, explicou que as pessoas que compraram a blindagem desta empresa e que se sentirem lesadas podem procurar a Delcom no (41) 3883-7131.
