O policial federal Alexandre Drummond Barbosa, 36 anos, foi assassinado na madrugada de sábado, na frente de uma casa noturna, em Cascavel, na região Oeste do Paraná. Ele estava de folga e discutiu com o líder ruralista Alessandro Meneghel, ex-presidente da Sociedade Rural do Oeste (SRO), que efetuou disparos e fugiu. Barbosa teve 22 perfurações pelo corpo feito por duas armas, de calibres 12 e 380.
Testemunhas contaram que os dois começaram a discutir dentro da boate. Meneghel deixou o local e, pouco tempo depois, retornou e atirou em Barbosa, que estava na calçada. Ferido, o policial reagiu com sua pistola calibre 9 milímetros, acertando de raspão o olho de Meneghel.
O líder ruralista foi preso em flagrante, em sua fazenda. Ele se preparava para ir à delegacia, acompanhado de um advogado, com a espingarda e a pistola usadas no crime. Meneghel foi ouvido na Polícia Federal e encaminhado à Delegacia de Homicídios de Cascavel, onde confessou o crime, mas alegou que Barbosa teria atirado antes.
A polícia suspeita que o ruralista não agiu sozinho. Imagens de câmeras de estabelecimentos comerciais vão ajudar nas investigações.
Meneghel já tinha sido preso, por porte ilegal de armas, em 2009, e é suspeito de participar de um ataque contra trabalhadores rurais sem terra, que invadiram uma fazenda, em Santa Tereza do Oeste, em 2007, deixando duas pessoas mortas. Ele foi transferido para o presídio federal, em Catanduvas.
Barbosa era separado, tinha um filho de oito anos e estava na PF em Cascavel desde a inauguração em 2006.