Em Reserva, a 207 quilômetros de Curitiba, mais um homicídio barbarizou os moradores do município. O primeiro deles foi no dia 15 de janeiro, que chamou a atenção da sociedade e da imprensa paranaense por se tratar de um crime político. O segundo, ocorreu no último domingo, quando Israel Gonçalves da Silva, 27 anos, matou a namorada, Janaína da Rosa Peixoto, 17, com três tiros no peito. Após o fato ele fugiu e se escondeu na casa de seu irmão, em Cambé, onde foi encontrado na segunda-feira pelo delegado Valdir Abraão da Silva, daquele município.
Segundo o delegado, o crime ocorreu porque Israel não aceitava o fim do namoro. Ele saiu no domingo para jogar futebol e Janaína ficou na casa de amigos do casal, no distrito de Botocudos. Ao término do jogo, por volta de 21h, Israel foi ao encontro da namorada e eles discutiram. Ela deu um tapa no rosto dele e, em troca, recebeu três tiros.
Israel estava na casa de seu irmão, na Rua Reinaldo Resquett, Jardim Boa Vista, em Cambé, quando o delegado o chamou pelo nome e ele atendeu. Confessou o crime e ainda mostrou onde estava a arma, escondida no forro da casa. Foi autuado pelo homicídio e levado à delegacia de Cambé, de onde foi transferido à cadeia de Reserva na manhã de ontem.
Político
No último dia 15, o presidente do Partido Comunista do Brasil (PC do B) da cidade de Reserva, Nelson Renato Vosniak, 32 anos, foi assassinado a tiros pelo presidente da Câmara Municipal local, e filiado ao PMDB, Flávio Hornug Neto, que confessou o crime no dia seguinte, ao apresentar-se com advogado na delegacia. Ele está foragido desde o dia 18, quando a Justiça decretou sua prisão preventiva.