A defesa de Jean Couan Kruger, 21 anos, deve apresentar à Justiça, no início da semana, laudo psiquiátrico em ele é definido como uma pessoa pacífica, sem tendência a atos violentos. O jovem foi preso terça-feira, após agredir brutalmente um morador de rua com uma barra de ferro, no terminal Guadalupe. Ele também tentou agredir outro homem. Em sua bicicletaria, foram encontradas armas brancas e livros de estratégias militares. O laudo deve servir de base para o pedido de habeas corpus.
Givanildo da Silva continua internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico. O outro homem, Cláudio Roberto Machado, conseguiu escapar ileso. Por ter sido considerado instável e violento, Jean está em uma cela isolada, no Centro de Triagem II, em Piraquara, respondendo por tentativa de homicídio.
Avaliação
“A psiquiatra que o avaliou disse que ele é pacífico e que deve ter havido um motivo muito grande para ele tomar essa atitude”, explicou o advogado Nelmon J. Silva Jr. A agressão teria sido motivada pela venda de drogas em frente à sua bicicletaria e os constantes roubos praticados ali, conforme ele alegou logo depois da prisão. Segundo Nelmon, Jean é um “gênio”. “Ele já leu mais de 350 livros de filosofia e ganhou diversos prêmios de Robótica”, contou.
O último roubo à bicicletaria teria acontecido no dia da agressão. “A bicicleta de um cliente foi levada pelos moradores de rua. O dono deve ser o adolescente que aparece nas imagens das câmeras de segurança”, afirma Nelmon. O garoto, segundo a polícia, é filho de um policial militar e será ouvido em breve. A defesa também quer mostrar que Jean não teve intenção de matar Givanildo e se arrependeu da agressão. “Naquele momento, ele não ponderou as consequências de seu ato. Quando contei que um dos homens estava no hospital, ele chorou muito”.
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